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CQC! Será que custa muito?

segunda-feira, 18 de agosto de 2008 por Roger Pires

 

Para marcar a reestréia do Blog EmFormação, rersolvi escrever sobre um programa televisivo chamado Custe o Que Custar, ou simplesmente CQC, como é mais conhecido. Antes de começar, é importante ressaltar que as colunas de Jornalismo e Publicidade foram extintas, mas esta coluna, COMUNICAÇÃO, propõe tratar os dois assuntos numa forma de revezamento. Mas vamos lá...
O CQC é composto por 7 homens que, de alguma forma, já participavam do cenário do humor e/ou da televisão nacional. Os sete são: Marcelo Taz, Rafinha Bastos, Marco Luque, Rafael Cortez, Oscar Filho, Danilo Gentili e Felipe Andreoli. Cada um desempenha um perfil no programa e o principal deles, sem dúvida, é o experiente Marcelo Taz, ou o cara do "POR QUE SIM NÃO É RESPOSTA" da castelo ra-tim-bum, que, além de ser o principal apresentador, está por trás da idealização dos quadros.
O programa CQC é um humorístico, ai já aparece sua marcante característica: muitos consideram o tipo de humor praticado no programa como humor inteligente. Humor inteligente né? É aquele que é mais difícil de entender? Aquele que para rir você tem que ser mais informado? Ah tah! Um humor para elite cultural! Que bom! Se eu defendo elitismo? Não, não... Apenas entendo que se esse tipo de humor vai forçar as pessoas a se informarem mais para entender, isso é ótimo para a formação da população. Temas variados são tratados no programa, política e seus representantes, por exemplo, são bem alfinetados pelo componentes do CQC.
Outra coisa que me chamou muita atenção na pesquisa desse texto, foi a recorrente comparação ao programa Pânico na TV, e concordo com a idéia de que o CQC não limita-se a fazer rir, mas a inserir críticas.O quadro PROTESTE JÁ, no qual uma problemática que interessa à sociedade é abordada com o intuito de resolver o problema, usa o humor sátiro para causar uma mudança. Já o Pânico, se faz muito superficial e efêmero, apesar de muito criativo. O CQC Brasil é apenas uma adaptação de um programa internacional, nesse ponto ele perde muito no fator originalidade. No quesito edição, o panico perde. O CQC é muito bem montado e os efeitos inseridos na tela são bem mais criativos; o pânico usa um estilo mais trash.

O Quadro mais interessante, na minha opinião, é o Repórter Inexperiente, conduzido por Danilo Gentili, nele é feito uma crítica severa aos repórteres "preguiçosos". Danilo se passa por um repórter que está fazendo sua primeira entrevista e comete gafes monstruosas, muitas vezes irritando o entrevistado. Mas é exagerado o que ele faz né? Isso não existe na realidade jornalística...
Outra diferença percebida no CQC é a liberdade que os apresentadores têm de falar sobre qualquer assunto e pessoa, assim, inteligentemente, usam o tom de brincadeira para "apertar as buchechas" de alguém ou fazer um comentário pessoal.
Para concluir, deixo minha crítica altamente positiva para esse programa e indico a quem não assistiu ainda, aproveitar que hoje é segunda-feira e sintonizar na BAND às 22:15 ou clicar nos lins abaixo e ver pelo youtube mesmo.

Quanto ao título, será que custa muito fazer um programa diferenciado e que proponha, no mínimo, algum tipo de reflexão ou mudança? Acho que não, o que falta é interesse nisso. É bem mais fácil apenas entreter, fazer rir abestalhadamente e estimular o consumismo.

links:

REPÓRTER INEXPERIENTE - DANILO GENTILI X AGNALDO TIMÓTEOhttp://www.youtube.com/watch?v=mNttVSvCt3M

PROTESTE JÁ - VAGAS PARA DEFICIENTEShttp://www.youtube.com/watch?v=VdWLyBla2dc

SITE OFICIAL DO PROGRAMA: http://www.band.com.br/cqc/



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É tempo.

quinta-feira, 3 de julho de 2008 por OMota

 

Andamos dividindo nossas vidas em semestres e, graças a Jah, esse semestre acabou. É engraçado como essa vida cíclica proporciona não só nostalgia, a turma de 2007.2, aquela turma tão agradável de se estar, aquelas pessoas que teimam em tentar fazer dias diferentes, de se redescobrir. Estamos de férias e inquietos como nos velhos tempos. Entramos em um novo semestre e a turma não é mais um bloco compacto, mas sim um conjunto de boas conversas e risadas de fazer doer a barriga, assim, sempre juntos, almejamos retomar antigos-novos planos para manter nossa união tão agradável e nossa capacidade de criação tão surpreendente que nos faz esperar cada post, cada tema, cada pesquisa... cada um com sua importância.








Sempre buscando um melhoramento para o blog... esse blog, sempre em formação, como nossas idéias, como nossos planos e amizade. E é assim, quebrando o paralelismo que estamos reiterando a relevância de se trabalhar em equipe, é experiência para a vida, para o além que está por vir...



Para esse momento guarda-se uma leve ansirdade e alguns desejos:



Próxima reunião, boas lembranças e bola pra frente.









e eu sempre apanhando do blog.

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Amarelo vistoso, mas que muita gente vira a cara.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008 por OMota

 


Feridas purulentas, hepatite, dentes podres, ou como anuncia a música feita pela Nação Zumbi, "Amarelo do cabo da enxada\Vivendo no chão ja cansado e antigo\De cara rachada\Do sorriso encardido\No rosto do povo fudido e sofrido\Com a carapaça cansada". O Amarelo que está presente em tudo que se possa ter asco, o Amarelo fruto do tempo. A obra de Cláudio de Assis se baseia nesse amarelo mais esquecido, um amarelo que quase ninguém vê e que quando vê, vira a cara.
Amarelo manga (2003), original filme do pernambucano Cláudio Assis, foi o grande vencedordo XIII Cine Ceará e "papou" prêmios e elogios rasgados por onde passou, achei por bem abrir um espaço nesse blog para falar de um filme instigante, que não é pra se assistir com a cabeça ao léu, a esperar uma obra "degludível", mas sim, pra se ter total atenção aos elementos, aos atos de cada personagem. Já vi muita gente escrever asneiras sobre o filme e em muitas opiniões uma afirmativa sempre me irritou, "o filme não tem protagonista". Como assim? Se o protagonista nos é apresentado no TÍTULO do filme? Quem é que atua na vida de todos os personagens? O Amarelo, presente na degradação de todos os personagens, do cabo da peixeira de Canibal aos dentes de Isaac, amarelo degradante que muita gente riu dele. Rir desse amarelo é desqualificar toda a obra de Cláudio Assis, caçoar de seus elementos e de sua forma, repito, original de fazer cinema.
Filme imagético, de onde as conclusões são tiradas da maneira mais delicada. Um necrófilo que praticamente sente o cheiro de morte, que "farejou" uma mulher que dizia "não suportaria ser traída", uma mulher que jogou fora todas suas crenças e que anda como um cadáver por qualquer rua do subúrbio recifense. A mesma mulher que prova estar viva, realizando seus desejos mais íntimos, a ex protestante casada com um ex-assassino que a privava de agir. As frases acima remetem a personagem vivida por Dira Paes.
O filme sofre de problemas conhecidos no cinema brasileiro, como falta de dinheiro, maquiagem medíocre, mas tem qualidade para ficar na galeria das Jóias do cinema brasileiro. Pena que o preconceito e os estrangeirismos presentes na subliminar consciência de cada um sirvam como venda, não permitindo observar a valia de tal obra de Cláudio Assis. Entendo os filmes dele como uma denúncia, afirmação dita pelo próprio diretor e que é o bastante pra entender seus filmes da maneira mais adequada.
Amarelo Manga é antes de tudo um filme que fala de libertação, seja pela morte ou seja pelo gênio de uma mulher traída. Propõe saídas para toda degradação causada pelo tempo. "O tempo destrói tudo", a primeira frase do filme "Irreversivel"(2002) de Gaspar Noe é uma citação válida pra falar do "tempo" como arma degradante, também presente na obra de Cláudio Assis (sempre a margem da "crpitica" brasileira), o Amarelo como consequência direta dessa decadência que acomete os personagens, Amarelo empoeirado, que toma forma e conta do filme. Se causa náusea, chegou onde queria. Se causa riso, a culpa é do espectador. "O amarelo é consequência direta da decadência", foi isso que ele me disse numa madrugada pelo Recife e é o que faz sua obra ter maior valia para mim, onde elementos poéticos se misturam ao "seboso" da humanidade e os personagens, cada um, tem uma essência (que já se pode dizer) "assisiana".



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O malandro transgressor

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008 por Bruno Bacs

 


Parece que a vida é realmente um eterno retorno. Esse blog que o diga, quando parece que acabou, ele retorna. É do Rio Grande do Sul, o som que embala essa coluna. O samba-rock do cantor, compositor e publicitário Thiago Corrêa, paulista de Santo André radicado em Porto Alegre, é o nosso mote.

Thiago descobriu um violão em seu porão aos oito anos, violão com o qual inciaria sua caminhada musical. O jovem músico aprendeu as primeiras notas enquanto freqüentava um bar próximo a sua casa, ainda aos oitos anos, onde havia uma roda de samba. Com o tempo e sua assiduidade, garoto foi incorporado à banda como mascote.

O samba-rock apresentado por esse paulista é bem talhado. Como todo bom sambista, aborda o cotidiano das pessoas comuns. Retrata o conflito pessoal de um malandro brasileiro preocupado em manter sua imagem de malandro para os amigos. O conflito se estabelece quando ele percebe que tem um grande a amor a zelar. Outros personagens são retratados nas suas composições. A mulher de charme singular, capaz de conquistar todos os olhares só pelo fato de atravessar a rua voltando da praia. Soaria como uma releitura de outros poetas, mas o ambiente e eu-lírico se comportam de outra forma com o arranjo musical e com a narração da sucessão de fatos.


Além desse lado mundano e psicológico, o jovem compositor adota em suas letras uma dose ácida de ironia, atingindo as várias esferas sociais. Os “revolucionários” são um bom exemplo: acomodados às poucas informações adquiridas com a TV, juntamente à sua incoerência ao usar uma camisa com a estampa de um guerrilheiro famoso sem sequer conhecê-lo. As preocupações dos brasileiros são combustíveis para sua máquina irônica. A violência é mostrada como indiferente para quem tem seriados na TV, “alarme, grade e um pastor-alemão” e a solução para esse problema é no mínimo interessante: “Mas sinceramente penso em libertar os condenados/ E me mudar pra segurança da prisão”, mantendo um tom irônico e de afronta. Outro exemplo dessa falta de preocupação é a pouca importância dada por nós aos fatos que não interferem direta e imediatamente nas nossas vidas. Retratada nos versos: “Hoje eu vou falar o que eu tenho percebido/ Mas sei que quando acabar você já vai ter esquecido”.

Uma outra música relata a sua aproximação com o rock. A musa de Chuck Berry, Nadine [também é o nome do meio de Alanis Morissette], se encontra com o publicitário sambista. A aproximação dos estilos é definida como uma afinidade justamente pelas suas diferenças sonoras. Esse outro lado sonoro surgiu um pouco mais tarde. O trabalho de publicitário e as apresentações noturnas o levaram ao rock. O novo ambiente possibilitou ao músico emergente uma análise melhor dos comportamentos nos dois ambientes, podendo filtrar as influências consideradas relevantes por ele, juntando-as no seu samba-rock. E assim se formou o sambista-roqueiro, malandro transgressor; crítico feroz de atitudes impensadas, da preguiça de refletir, dos comodismos e dos estereótipos, sejam estes da própria música, da sociedade ou os de nós mesmos, muitas vezes involuntários.







Confira o som do artista no seu site oficial.

-Fotos: Núcleo de Imagem da ESPM/RS
-Comunidade no Orkut
-Site oficial

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Tuts Tuts

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008 por Bruno Bacs

 

Vá lá e faça a sua própria música eletronica. =D

http://www.tony-b.org/


P.S.: Vi no www.jacarebanguela.com.br

Ah! Vai ter novidade em breve.
Abraço

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Pensando...

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008 por Bruno Bacs

 

Estive pensando esses dias no que postar nessa coluna. Pensar é algo que tenho feito bastante, já que dormir tem sido difícil. Em uma das minhas recentes noites em claro me questionei: “Por que os músicos gravam CD’s e os vendem?” A resposta foi até simples, não é exclusivamente para ganharem mais e mais dinheiro, ao contrário do que alguns extremistas possam pensar, pois quem realmente lucra é a gravadora. Então por que eles fazem isso? Divulgação, creio eu. Do mesmo modo os autores de livros, blog’s e tudo o mais. Divulgação de idéias e compartilhamento delas com os outros.

Por que os músicos fazem concertos e os autores literários não os fazem? Ainda não consegui pensar a respeito disso, por isso peço a ajuda de quem me lê. Não seria legal ver um Moreira Campos contando um conto e aumentando um ponto numa casa de leitura? A TV Cultura tem os seus “Contos da Meia-noite”, programa muito bom diga-se de passagem. Mas, por que há essa nossa exigência de se ver um músico executando sua obra (seja lá qual for)? Há pessoas que querem ver o Jimmy Page do Led Zeppelin brincando com sua guitarra ao vivo. Compreensível, o áudio que já existe no CD pode ser reinventado no palco e o cd tem esse recurso mais claro e definido que o livro, pois a trilha sonora do livro está somente na nossa mente. Mas eu achei legal ver Maria Luísa Mendonça interpretando um conto de Moreira Campos no “Contos da Meia-noite”.

Antônio Nóbrega, que já foi assunto nesse blog, disse, numa entrevista a Revista Raiz, que não julga o trabalhador que vive em sua rotina estressante (pega ônibus antes do sol nascer e volta a casa depois do pôr-do-sol, por exemplo) e no fim de semana decide ouvir alguma coisa que permita o corpo relaxar e respirar aliviado. Nem eu o julgaria, pois se tivesse uma rotina dessas e não tivesse acesso a alguma instrução eu quereria mesmo era descansar a mente das idéias e problemas diários no lugar de dar mais trabalho a essa cabeça castigada tentando ler “Os Sete Novos”, muito bons por sinal. Nóbrega define bem: “Em geral, são pessoas de certa rudeza cultural”.

Voltando ao assunto... Pode ser que essa cultura de contar histórias tenha se acabado com a “Sherazad” do “X-Tudo”, com o “Senta, que lá vem a história” do “Rá-Tim-Bum” ou ainda com o Gato Pintado do "Castelo Rá-Tim Bum". Ê saudade da TV Cultura... Retornando... Pense nisso comigo por favor. Eu sei, "Pensar Enlouquece", mas não pensar “emburrece”. Bons Sonhos.

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Filme não é ilusão?

sexta-feira, 28 de dezembro de 2007 por Darwin

 





Copenhagen, capital da Dinamarca é conhecida por sediar a mais antiga monarquia do mundo, ser a terra dos vikings e de Hans Christian Andersen, que escreveu os contos “A pequena sereia” e “O patinho feio”. Mas na primavera de 1995 dois cineastas em um momento de tédio e iluminação (combinações essenciais para grandes acontecimentos) escreveram um manifesto contra a forma de fazer cinema daquela época. Lars Von Trier e Thomas Vinterberg lançaram o polêmico Dogma 95, que estabelecia o “Voto de Castidade” uma série de regras que impedia o uso de intervenções “milagrosas” para distanciar o cinema da realidade.


Manifesto do Dogma 95.

O Dogma 95 é um movimento de cineastas, fundado em Copenhagem na primavera de 1995. O Dogma 95 tem o compromisso formal de levantar-se contra uma "certa tendência" do cinema atual. O Dogma 95 é um ato de resgate! Em 1960, tivemos o bastante. O cinema estava morto e invocava a ressurreição. O objetivo era correto, mas não os meios. A Nouvelle Vague se revelava uma onda que, morrendo na margem, transformava-se em lama. Os slogans do individualismo e da liberdade fizeram nascer certas obras por algum tempo, mas nada mudou. A onda foi jogada ao colo dos melhores convivas, junto aos cineastas, mas não era mais forte do que aqueles que a haviam criado. O cinema antiburguês tornou-se burguês, pois baseava-se em teorias de uma concepção burguesa de arte. O conceito de autor, nascido do romantismo burguês, era, portanto... falso. Para o Dogma 95 o cinema não é uma coisa individual!

Hoje, uma tempestade tecnológica cria tumulto. O resultado será a democratização suprema do cinema. Pela primeira vez, qualquer um pode fazer filmes. Mas quanto mais os meios se tornam acessíveis, mais a vanguarda ganha importância. Não é o caso que o termo vanguarda assuma uma conotação militar. A resposta é a disciplina...devemos colocar os nossos filmes em uniformes, porque o cinema individualista será decadente por definição. Para erguer-se contra o cinema individualista, o Dogma 95 apresenta uma série de regras estatutárias intituladas "Voto de castidade". Em 1960, tivemos o bastante. O cinema havia sido "cosmetizado" à exaustão, dizia-se. Dali em diante, todavia, a utilização dos "cosméticos" aumentou de modo inaudito. O objetivo supremo dos cineastas decadentes é enganar o público. É disto que nos orgulhamos? É a este resultado que nos conduziram cem anos de cinema? Das ilusões para comunicar as emoções? Uma série de enganos escolhidos por cada cineasta individualmente?

A previsibilidade (a dramaturgia) tornou-se o bezerro de ouro em torno do qual dançamos. Usar a vida interior dos personagens para justificar a trama é muito complicado, não é a "verdadeira arte". Mais do que nunca, são os filmes superficiais de ação superficial que são levados às estrelas. O resultado é estéril. Uma ilusão de pathos, uma ilusão de amor.

Para o Dogma 95, o filme não é ilusão!

Hoje em dia, arma-se uma tempestade tecnológica. Elevam-se os "cosméticos" ao status de deuses. Utilizando a nova tecnologia, qualquer um pode - em qualquer momento - sufocar a última migalha de verdade no estreito canal das sensações. As ilusões são tudo aquilo atrás do qual pode esconder-se um filme. Dogma 95, para erguer-se contra o cinema de ilusões, apresenta uma série de regras estatutárias: o Voto de Castidade.

Voto de Castidade

1. As filmagens devem ser feitas em locais externos. Não podem ser usados acessórios ou cenografia (se a trama requer um acessório particular, deve-se escolher um ambiente externo onde ele se encontre).

2. O som não deve jamais ser produzido separadamente da imagem ou vice-versa. (A música não poderá, portanto, ser utilizada, a menos que ressoe no local onde se filma a cena).

3. A câmera deve ser usada na mão. São consentidos todos os movimentos - ou a imobilidade - devidos aos movimentos do corpo. (O filme não deve ser feito onde a câmera está colocada; são as tomadas que devem desenvolver-se onde o filme tem lugar).

4. O filme deve ser em cores. Não se aceita nenhuma iluminação especial. (Se há luz demais, a cena deve ser cortada, ou então, pode-se colocar uma única lâmpada sobre a câmera).

5. São proibidos os truques fotográficos e filtros.

6. O filme não deve conter nenhuma ação "superficial". (Em nenhum caso homicídios, uso de armas ou outros).

7. São vetados os deslocamentos temporais ou geográficos. (Isto significa que o filme se desenvolve em tempo real).

8. São inaceitáveis os filmes de gênero.

9. O filme deve ser em 35 mm, standard.

10. O nome do diretor não deve figurar nos créditos.

Copenhagem, 13 de março de 1995
Em nome do Dogma 95,
Lars von Trier

Uns dizem que essa é uma forma de elevar o cinema amador ao estado de arte, outros consideram uma maneira de democratizar o cinema, qualquer um pode fazer um filme, basta ter uma câmera. Os dois primeiros filmes do Dogma 95, Idiotern do Lars Von Trier e Festern do Thomas Vinterberg foram considerados os melhores de 1998. Esses filmes foram feitos em vídeo “e são, enquanto cinema, infinitamente superiores a qualquer centena de filmes cometidos anualmente em película Kodak, cuidadosamente fotografada”, segundo Kleber Medonça Filho crítico de arte que cobriu a X mostra de cinema do rio onde o Dogma 95 foi lançado no Brasil. Não quero entrar em um discurso de exaltação às novas tecnologias que vão destruir a indústria cinematográfica, o cinema comercial e blábláblá, não concordo com esse discurso amnésico. O Dogma 95 é válido por trazer uma forma democrática de fazer cinema, as restrições impostas valorizam os atores e dos roteiristas, os filmes se sustentam nisso, não há firulas tecnológicas para salvar um argumento ruim. Mas será que quem vai ao cinema não quer ver uma mentira? Uma história com um lindo casal em cenários magníficos enfrentando toda sorte de problemas para viver o seu amor? A ilusão faz parte do cinema, o problema está na “venda” dessa ilusão.



Extras:

Essa semana saiu uma matéria na Folha de São Paulo e no jornal O Povo falando que próximo ano deverão ser lançados quatro filmes brasileiros aos moldes do Dogma 95, produzidos pela Pax Filmes. Na verdade a Pax não segue os moldes do Dogma, embora seja influenciada pelos trabalhos dinamarqueses. Em seu blog, Paulo Pons (produtor, roteirista e diretor) deixa claro que a semelhança com o Dogma está em fazer filmes baratos sustentados em um roteiro inteligente, boas atuações e uma equipe engajada, Já é possível ver o making of de Vingança, o primeiro desses filmes, que deverá ser lançado até junho do próximo ano.
http://www.paxfilmes.tv/blog/?cat=3

- Existem 233 filmes nos moldes do Dogma 95, reconheidos pelo site do movimento, são filmes espanhóis, franceses, chilenos, argentinos, italianos, americanos...http://www.dogme95.dk/menu/menuset.htm

- O manifesto do Dogma 95 foi considerado por muitos críticos e cineastas uma estratégia barata de marketing

- Lars Von Trier só fez um filme nos moldes do Dogma



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F5 no EmFormação

terça-feira, 27 de novembro de 2007 por Roger Quentin Pires

 






Após um bom tempo parado, o blog EmFormação está com projetos para uma volta bem agitada, tendo como objetivo reativar o espírito que o blog tinha. Esse tempo todo sem postagem se deve à ocupação dos membros com as atividades da faculdade, afinal, por mais que estejamos apenas no primeiro período temos bastante coisa para fazer. É óbvio que teria dado para continuar, mas a chama da novidade foi se apagando...

Neste exato momento estou fazendo trabalhos, mas decidi reativar o blog! Vou tentar ''dá uma geral'' nas colunas.

Jornalismo: Destaco o blog da redação d'O POVO. O Blog estreou há alguns dias e anda num ritmo muito gostoso. Vale a pena para quem curte o '' fazer jornalístico ''.



http://blog.opovo.com.br/opovodoblog/



Música: Nada em específico, mas com certeza virão muitos shows pelas férias e a equipe do blog vai tentar algumas entrevistas.

Fotografia: DEVERCIDADE 2007 - De 27 de novembro a 02 de dezembro no entorno do Mercado dos Pinhões. Horário de visitação das exposições: das 17h a meia-noite. O DeVERcidade visa estimular e divulgar a fotografia contemporânea praticada na nossa região.



http://institutodafotografia.blogspot.com/

Cinema: FESTIVAL NÓIA DE CINEMA UNIVERSITÁRIO. A sexta edição desse festival acontecerá de 3 a 8 de dezembro no centro cultural dragão do mar. Provavelmente sairá uma máteria após o fim do festival.



http://www.festivalnoia.com/

Fico por aqui, afinal são 00:45 e amanhã tem aula, prova, trabalho... UFA!!!

Que reviva o Blog EmFormação!

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O que é Anti-Publicidade???

terça-feira, 30 de outubro de 2007 por Saulo Lima Lemos

 


É uma nova maneira de se fazer publicidade. A publicidade passa a ser vista com bons e maus olhos. Segundo Herlander Elias, a designada anti-publicidade é má porque não deixa nunca de ser publicidade, nem de apelar ao consumo; e por outro lado é boa notícia porque perverte o uso da linguagem publicitária. E é neste ponto que a inovação desce à terra, conciliando as imagens de marca mais presentes na memória consumista colectiva com novas tendências artísticas que fazem da publicidade uma forma de arte. Até os anos 90, a publicidade era consireda atrelada ao design. A partir dos anos 90, a publicidade conquista seu espaço no ramo da comunicação, ganhando a sua independência, seu estilo próprio de fazer comunicação. Primeiramente começou com o design gráfico e outras tendências.
Atualmente, a publicidade segue sua própria tendência e pode vender a si mesma, sem ter um material de referencia para a venda de um determinado produto. Ela iguala-se aos outros meios de comunicação pela sua mensagem. Como afirma McLuhan :
“o meio é a mensagem”.

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No AR, Record NEWS

segunda-feira, 15 de outubro de 2007 por Roger Quentin Pires

 


Certo, certo.Meio que do nada aparece um novo canal na TV aberta. Promete jornalismo 24hrs. Algo inédito na TV aberta brasileira. Ainda tem pouco tempo de existência, mas já obteve um certo destaque na mídia, pois, além de ter um perfil inovador, esse canal anda "trocando carinhos" com a Globo. Sobre esse conflitinho, achei um parágrafo legal que saiu numa matéria do Estado de São Paulo:"Afinal, por que a Rede Globo teme tanto a Record News?" A primeira razão seria porque o Globo News, por ser um canal pago, se sentiria ameaçado com a perda de assinantes. A segunda, o temor da concorrência de um outro canal fornecendo notícias de "melhor qualidade". E o terceiro o medo da perda do "monopólio"."
Entre os Programas da Record News, destaco [NEGATIVAMENTE] o ENTREVISTA IMPREVISTA, comandado por Brito Jr. Uma imitaçãozinha do Progama do Jô, só que dez vezes piorada.O programa é igual ao conhecido programa de entrevistas de Jô Soares, da Globo; a única diferença é o apresentador que, apesar de não cortar tanto o entrevistado como o gorducho global, não tem preparo nem conhecimento para conduzir as entrevistas.
Outro ponto que destaco é a programação demasiadamente reprisada. Mas isso não é negativo. Pelo contrário. Proporciona uma maior visibilidade das notícias, já que muitas pessoas poderão assistir; afinal num país em que muitos vivem para trabalhar não sobra tanto tempo livre para ver toda a programação.
Pelo que acompanhei até agora, esse canal é muito parecido com os bla-bla-bla NEWS do mundo; canais que transmitem notícias constantemente. Um verdadeiro bombardeio de notícias, será que toda a população está preparada para ser bombardeada assim?
Em um saldo final, avalio [até o momento] como positiva essa idéia proposta pela Record NEWS. Apesar de bater aquela velha vontade de esculhambar o cara que inventou a maior instituição de lavagem cerebral do país. Desculpem-me os evangélicos da Universal... Ah! Quer saber? Não me desculpem não. Afinal a Record, apesar de inovadora, lá no fundo quer apenas tomar o lugar da Globo e fazer as mesmas coisas.

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Fotografia de criança

sábado, 13 de outubro de 2007 por Gisa Carvalho

 







Fotos lindas essas de crianças... Elas são muito difíceis de conseguir, já que esses pestinhas não ficam parados. O jeito é fazer as fotos em estúdio ou fotografar exatamente os momentos de travessura.


Anne Geddes consegue essas fotos lindas... É impressionante o que ela consegue fazer com essas coisinhas fofas...

Aqui em fortaleza, conseguimos esses efeitos por meio do grande esforço de Marilena Santiago. Deve ser um trabalhoso prazer fotografar esses pequenos.

Em contraste com essas fotos de crianças tão lindas, encontramos as denúncias sociais...

Enquanto umas crianças são fotografadas por sua beleza, outras são fotografadas pelos problemas sociais. Enquanto umas estão recebendo todos os privilégios, outras estão jogadas ao relento. Enquanto algumas tem tudo nas mãos e ainda reclamam, outras estão torcendo para conseguir ao menos um pouco de dignidade.




Existem meninos e meninas no mundo todo que são abandonados e ficam a mercê da própria sorte...


Não da pra ver fotos como essas e não se espantar com o contraste, sem se emocionar com tamanha desigualdade social...

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CHAMANDO A ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 9 de outubro de 2007 por Saulo Lima Lemos

 

Ei, Você aí!!! Ô da poltrona!!! Parece que graças à invenção do controle remoto muitos não precisam sair da confortável cadeira para mudar de canal, não é?! Aproveitando esta vantagem, a maioria da população, no mundo todo, começa a “zapear” quando passa comercial. Saiba que este fato causa a queda no impacto dos comerciais, do mundo todo. E, então, publicitário, o que fazer?

Pesquisas revelam que as empresas publicitárias investiram 40% a mais nas propagandas de TV. Em compensação, o número de pessoas que assistem aos comerciais caiu 50%. Nos EUA, os especialistas americanos, percebendo que esse não é um meio muito eficaz, resolveram agir de outra maneira. Bom, aqui no Brasil, descobriram-se outras maneiras de sair dessa. Por exemplo, vemos muito merchandising nos próprios programas de TV. Vemos propagandas atrás de ônibus. Outdoors cada vez mais interessantes e chamativos. A “presença” de uma marca de bebidas em banheiros, entre outros. Pois bem, estes norte-americanos poderiam ter feito algo semelhante a isso, não é?! Se você, pensa assim, está muito enganado.

Uma das medidas foi que uma rede de televisão chamada TV CBS colocaria seu logotipo em ovos nos maiores supermercados do país. Outra estratégia seria algo mais sutil, que é o buzz marketing, onde empresas pagam pessoas (centenas) para se fazer uma propaganda boca a boca de suas marcas.

Mas, de todas que eu vi, a campeã é esta: um site de aposta pagou US$ 10.000,00 a uma mulher para que ela tatuasse em sua testa a URL deles – GoldenPalace.com. O mesmo pagou a uma pessoa US$15.000,00 para que ela dessa a sua filha o nome Golden Palace Benedetto. Já imaginou, você chamar sua filha ou filho de Nokia ou Assolan?!?! Pois é gente, no amor, na guerra e no mundo nos negócios vale tudo!!!

Fonte:

http://www.sidneyrezende.com/sec_news_view.php?page=2&id=705

É antigo, mas é bastante interessante.

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DESENHANDO COM LUZ.

sábado, 6 de outubro de 2007 por Marcella

 

"Para todos nós, seres humanos que vivemos sobre a Terra, as coisas mais importantes são o ar, a água e a luz. A luz não é só essencial, mas inegavelmente bela. Seja ela resultante do brilho do sol, do clarão da lua, do cintilar das estrelas, ou de qualquer outra fonte natural ou artificial, ela é sempre bela". Motoko Ishii




Luz. O princípio básico da fotografia. Sem a luz, simplesmente não há fotografia. Mas hoje, a luz não surge somente como elemento para o nascimento da imagem, mas sim, como o próprio objeto que será uma imagem.




Desenhar com luz é uma mais técnica para transformar a fotografia em arte. Simples e criativo. Maravilhoso e hipnotizante.






Ao visualizar imagens como essa, o que vem à cabeça é que são efeitos de Photoshop ou programa de imagens similar. E é aí que você se engana.



Pra você fazer isso tem que usar uma câmera fotográfica que tenha regulagem de velocidade do obturtador, então vá até uma sala escura, põe a máquina em algum lugar apoiada (mesa,tripé etc) e regula a velocidade que você quer que o obturador demore pra fechar (15 a 20 s é a ideal) , a velocidade depende da sua regulagem segundos (logo, verifique se sua câmera possui estas funções), deixa-se a máquina no modo timer 10s, depois ela dispara a foto aí é só desenhar com uma lanterninha, vela, isqueiro ou uma coisa que tenha luz, dá até pra usar a telinha acesa do celular mas não esqueça de desligar o flash da máquina ou não vai funcionar direito. Você pode utilizar também papel celofane sobre a lanterna...Enfim, essas informações aliadas a criatividade do fotógrafos os efeitos serão incríveis.



Eu ainda sou uma leiga, fiz alguns testes que não ficaram nem parecidos com o dessas fotos que estão expostas, mas se você conseguir, deixe um recado nos comentários e onde poderemos ver suas fotos. Se não, apenas se delicie com lindas imagens como essas.





























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Anti semitismo nas entrelinhas do glamour.

sexta-feira, 5 de outubro de 2007 por OMota

 

A concessão que fará a Globo continuar com seu jogo de cartas marcadas, que fará de nós, com nossas idéias, meros telespectadores a frente da telinha. A globo que manipulou o debate de 1989 entre Lula e Collor vai renovar sua concessão para continuar no inconsciente de boa parte da população do Brasil. A Globo que faz "plim, plim" tenta domar as idéias da massa em prol de seus lucros garantidos no final do mês, uma emissora que "americanizou" a tv brasileira.
A globo que proibiu a exibição de "Muito além do cidadão Kane"- documentário de Simon Hartog, produzido em 1993 pelo Channel 4 para a BBC- no Brasil, faz de seu dever uma rede clara pra visar apenas o lucro. Os anunciantes invadindo as "novelas das 8" comprovam que o poder da Globo anda bastante defasado.
O filme mostra idéias que se assimilam pra tentar entender todo o egocentrismo global, de onde vem tanta podridão jornalística que insulta nossa forma de pensar. A Globo que já atingiu 100 pontos no Ibope, hoje tem medo de Record News. Um protesto pacato e sincero foi feito na boca do dragão (ou na praça da imprensa, se preferirem), suficiente pra fazer alguns estudantes de comunicação social e Ciências sociais terem orgulho de possuir o conhecimento que grande (graaaaannde) parte da população não tem.
A globo da "politicagem" segue andando com medo da saliva política jovial, não importa a consciência, se o povo tivesse atento a tais detalhes, tal emissora já seria fechada e seus idealisadores, presos. Nas inconfundíveis veredas da comunicação, existe a verdade bruta, pronta para ser lapidada e passada da maneira mais ética necessária.Lá fora, onde um sol brilha com luz fraca, se observa uma estrela de luz sensitível, que reluz na pele e causa o arrepio necessário para se criar movimentos populares. A nação deveria ser colocada a par de tais falcatruas, fazendo-se assim um mundo mais nosso, cada vez mais brasileiro e a cada dia, acima de tudo, mais tolerante. Na grandeza do Ato, seguirá a esperança e o peso da juventude, tão calejada nesses "dias de cólera".

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Um blog mantido por estudantes de Comunicação da Universidade Federal do Ceará. O tema do blog é a comunicação em si. Uma abordagem informal sobre as principais formas de comunicação social.

 

 

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