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Fotografia

sábado, 2 de junho de 2007 por Gisa Carvalho

 


Jornais e revistas, por conta de um forte sensacionalismo, forjam imagens e produzem um fotojornalismo mentiroso. A função da imagem, que seria sensibilizar a comunidade, passa a ser enganadora, simplesmente para chamar atenção.
Na década de 1940 trabalhava na revista O Cruzeiro um fotografo, francês, chamado Jean Manzon que era conhecido por suas fotos posadas e sem autenticidade. Era muito bem pago por esse trabalho. O então deputado Barreto Pinto, eleito em 1946, combinou com Manzon uma reportagem para causar escândalo: posou de cueca branca, casaca, gravata borboleta e uma taça de champagne na mão.
Em 1969, época de militares no Governo, Ricardo Noblat, fora encarregado de cobrir todos os passos do Arcebispo Dom Helder. Como se tornara amigo do “Dom”, montou uma fotografia que seduziu os leitores da Manchete e enfureceu os militares: numa rua sem saída, duas crianças corriam alegres ao encontro do Arcebispo (imagem abaixo).
Sabe-se que a imparcialidade, dificilmente, será atingida, já que atrás da câmara está um observador que decide o que vai enquadrar. Mas parcialidade é diferente de mentira. O leitor está interessado em saber o fato e o fotografo está lá para mostrar a cena e não para fazer montagens, para isso usamos o photoshop, que, convenhamos, deveria ser extinto da fotografia informativa.
A credibilidade do jornalista também passa pela fotografia. A função do jornalista é informar. Quem inventa historia é escritor, quem cria imagem é artista plástico, designer gráfico e, é claro, nossos colegas publicitários!

''O flagrante é a cena registrada no instante em que ela acontece. É a foto jornalística'' Ricardo Noblat

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Cinema:a sétima Arte

sexta-feira, 1 de junho de 2007 por Darwin

 

*Texto de Herbenya Alves


Você se lembra da primeira vez que foi ao cinema? Pois é...entrar numa sala de cinema é como ultrapassar um portal que nos leva a um outro mundo. Através dos filmes, temos a oportunidade de conhecer um pouco sobre costumes e muitas curiosidades de outros lugares. Hoje, já não é tão espantosa essa tecnologia; mas, nas primeiras exibições cinematográficas, as apresentações cinematográficas eram consideradas um espetáculo imperdível! Jornais registravam o assombro das pessoas provocado pelas imagens em movimento.
Aqui, no Brasil, a primeira sessão cinematográfica foi realizada em 1896, na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro. Devido à escassez de energia elétrica, as exibições eram bem limitadas. A partir da década de 50, uma nova estética nacional começou a surgir. Nesse mesmo momento, a televisão passou a fazer parte da vida de muitas pessoas e, por algum tempo, acreditou-se que isso seria causa da decadência desse espetáculo, pois ela transmitia uma visão mais voltada para a realidade. Grande engano! O cinema sobreviveu à televisão, assim como a fotografia sobreviveu a ele.
O cinema brasileiro passou por três fases que foram sofrendo mudanças de acordo com o cenário sócio, político e econômico do País. Na primeira fase, os filmes tinham suas temáticas voltadas ao cotidiano e à mitologia do nordeste brasileiro, com os trabalhadores rurais e as misérias da região. A marginalização econômica, a fome, a violência, a opressão e a alienação religiosa também foram temas abordados. A segunda fase tinha um novo propósito. Dessa vez, os cientistas analisavam os equívocos da política desenvolvimentista e principalmente da ditadura militar. O Cinema Novo evoluiu para formas alegóricas como uma saída para contornar a censura do Regime Militar. Os filmes também faziam uma reflexão sobre os novos rumos da história nacional. A terceira e última fase foi influenciada pelo Tropicalismo que levava suas atitudes às últimas conseqüências e extravasou por meio do cenário exótico brasileiro. A repressão política foi responsável pelo fim do movimento. Alguns de seus cineastas tiveram de se exilar e grande parte das produções foram fracassos comerciais. Com início de uma abertura política, anos 80, percebe-se um favorecimento para a discussão de temas proibidos anteriormente. A retração do público interno e a atribuição de prêmios estrangeiros fizeram surgir uma produção através de um programa de incentivo à indústria Cinematográfica instituído pelo Ministério da Cultura. Aos poucos, reapareceram novas produções.
Muito de nossa história cinematográfica se perdeu, pois alguns filmes não existem mais. Estes podem apenas serem comentados. Durante o evoluir, nossos filmes foram fundindo estilos bem diversificados e nossos produtores foram bastante influenciados por seus mestres. Atualmente, possuímos grandes produções. Entre polêmicas e temas ousados, o cinema brasileiro apresenta boas produções contemporâneas. Isso mostra que a classe cinematográfica abriu espaço para que as pessoas possam refletir um pouco sobre a realidade.
Em relação à nossa produção local, há poucos registros sobre quem ousou realizar os primeiros filmes, já que muitas das fontes primárias se perderam no incêndio da Biblioteca Pública do Estado do Ceará. Sabe-se, no entanto, que o pioneiro no ramo da produção documental foi Adhemar Bezerra de Albuquerque, futuro criador da Aba Film. Ele cobriu documentários sobre Fortaleza e também levantou temas sobre o interior do Estado, filmando eventos no campo político, econômico, social e até religioso. Hoje, percebemos o crescimento do cinema cearense que vem ganhando espaço no Brasil e é reconhecido também no exterior.
Para quem gosta de cinema, começa hoje o 17ºCine Ceará. Este é considerado o terceiro maior festival de cinema do Brasil. O festival apresenta documentários e curtas-metragens nacionais e internacionais. Maiores informações no site: http://www.cineceara.com.br/home.html

Nota super especial: Há exatamente 40 anos o álbum que revolucionaria a música pop foi lançado. Sgt Peper's Lonely Hearts Club Band mudou a história dos Beatles e influenciou a vida de muita gente que não era nem nascida em 1967(a minha, a sua...). Vale a pena pesquisar um pouco sobre esse álbum, ouvir as músicas e provar de expeciências extra-sensoriais. afinal não só a música mas esse álbum influenciou obras literárias, filmes, peças... da capa a última música é tudo perfeito, ouça e saiba por que.

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A arte de adaptar.

quinta-feira, 31 de maio de 2007 por Dan

 

O melhor da arte, seja ela qual for, é apoderar-se de técnicas, formas, materiais e outros meios para crescer e inovar-se. Considera-se o teatro como a síntese dos elementos artísticos. Sendo assim, a literatura é, provavelmente, o elemento mais sugado de todos. Tornou-se comum a arte do adaptador, que transforma o texto literário em dramaturgia. A mente do artista é um ferver intenso, e ao ler, seja qual for o tipo de texto, o artista eleva as palavras do papel e as transforma em cena em sua imaginação. Assim, fez-se crescer essa prática tão constante e tão enriquecedora no teatro: adaptar.

O romancista lida com a narração e o poeta com os versos, mas o veículo do dramaturgo é o diálogo. Aqueles também podem valer-se do diálogo, mas não em absoluto. Drama, etimologicamente, significa ação. O dialogo por si próprio não constitui ação, sendo assim as falas não sustentam isoladamente a peça. É na passagem da narração para a fala que entra o grande desafio do adaptador. Ele tem a difícil missão de desenvolver o conflito e o enredo, que no romance são expostos por um narrador, apenas sustentados em falas.

Acredito que arte é algo cíclico, nela nada se cria e nada se perde: tudo se transforma. E por isso essa constante renovação, recriação e adaptação de tudo. Contudo, essa disseminação da arte de adaptar pode ser banal. Há muitas vantagens quando se traz a trama de um livro para o palco, mas alguns podem achar que essa é uma tarefa fácil, e pecam nessa mudança de linguagem. “O diálogo teatral requer um encadeamento próprio, porque deve ser transmitido pelo ator. Sua matéria, na boca de um ser humano que o pronuncia, visa criação da personagem. No transcurso do espetáculo, instaura-se o universo teatral por intermédio da ação de personagens em cena”. O teatro é uma outra forma de linguagem, e é preciso pensar no texto de forma teatral, porque senão se perde ou a literatura ou a encenação.

Na peça as meninas o diretor e adaptador do texto, Lucas Sancho, utilizou de uma metáfora usada no próprio livro de Lígia Fagundes Teles. A idéia de que as três meninas seriam como as três pontas da base de triângulo foi trazida literalmente para o teatro, sendo o cenário um triângulo e cada uma em sua ponta. Mas no momento que um desses lados cai tudo se desmorona. Na peça A Casa o espectador é envolvido por uma ótima interpretação e um show de luz e som, contudo a peça falha um pouco na adaptação. No romance de Natécia Campos a personagem, a casa, apenas expõe os acontecimentos vistos por ela, mas na peça a personagem também toma partido destas. A narradora apresenta, em suas expressões, sentimentos com os personagens. O espetáculo é, sem dúvidas, muito bom, mas pensando na obra literária pecaria nesse ponto. Mas cabe ao espectador e leitor desfrutar daquilo que lhe é oferecido. Sendo assim, vocês podem analisar trabalhos de adaptações da literatura para o teatro que estão em cartaz nesse mês de junho. Segue abaixo as informações:

As Meninas, Grupo Cabauêba.
Adaptação do romance de Lídia Fagundes Teles por Lucas Sancho.
Sextas de junho (8, 15, 22 e 29) e julho (13, 20 e 27), 20h - Teatro Sesc Emiliano Queiroz. Sem informação de preço.

A Casa, Grupo OUSE!
Adaptação do romance de Natécia Campos por Jadeilson Feitosa.
Sábados e Domingos de junho (exeto nos dias 02 e 03), às 17h no Teatro Dragão do Mar. Entrada: R$10,00/ 5,00.

O Guarani, Grupo OUSE!
Adaptação do romance de José de Alencar por Jadeilson Feitosa.
Sábados e domingos de junho, às 20h no Teatro Paurilo Barroso (Christus Anexo). Gratuito.

Esses dois últimos espetáculos fazem parte do projeto VESTEATRO, idealizado há 10 anos pela arte-educadora Nazaré Fontenele. O projeto traz em cena adaptações dos livros indicados para o vestibular da Universidade Federal do Ceará.

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"E ver um mundo novo, sair do meu aquário"

quarta-feira, 30 de maio de 2007 por Bruno Bacs

 


Vivemos em um país de grandes extensões territorias e, como em qualquer parte do mundo, as manifestações artísticas nao acontecem numa seqüência lógica. Então por onde deveríamos começar o nosso garimpo?
Que tal se começássemos por um estado que tem um incentivo à cultura tão baixo a ponto de inviabilizar o acontecimento de movimentos como o "Música no Museu", que percorre museus do país divulgando e trazendo conhecimentos da sonoridade de instrumentos musicais como a harpa? Acho que seria uma boa idéia... Então, vamos começar pelo Ceará.
Com o auxílio de amigos e de poucas emissoras de tv e rádio que cedem algum espaço às bandas locais, chegamos a uma lista encabeçada pela banda Brevis.

Brevis significa o que realmente parece: breve, curta duração. Quem garante? Formada em 2005, por cinco rapazes (Miguel Cordeiro - Vocal; David Rodrigues - Guitarra e Vocal; Jorge Roque - Guitarra; JJ - Baixo; Paulo Victor "Bolinha" - Bateria) de Fortaleza, a banda já tem um currículo respeitável: uma apresentação no "Festival Ceará de Música" e duas na "maior boate da América Latina" ao lado de Fresno (RS) e Forfun (RJ), mesmo fazendo um som diferente das bandas de emocore citadas.
A banda Brevis faz um som contemporâneo, ou seja, de difícil classificação. Talvez esse seja seu diferencial. O que vai nessa caldeira não são diretamente os clássicos do rock. A banda junta o post rock¹ do Sigur Ros e post hardcore² do The Used e Finch. Por essa leve versatilidade, alternando estilos diferentes nas suas composições, a Brevis vem ganhando seu espaço.

A Brevis parece já ter encontrado o seu caminho dentro das composições e a receptividade tem sido muito boa. As letras, falando de angústias introspectivas em tons confessionais, já renderam à banda apresentações em grandes eventos do estado, como o Ceará Music, e em grandes boates como Mucuripe Club, sem abandonar os ambientes que lhes apresentaram ao público cearense, como Hey Ho Rock Bar.
Não nos cabe dizer a quem nos lê se a banda, no caso, apresentada é boa ou ruim. Todos nós temos a nossa opinião formada quanto ao que nos agrada e você, leitor, sabe o que é lhe agrada e o que não.

¹ (mistura de rock progressivo, Pink Floyd, por exemplo, com o rock alternativo, Beck, Jet, Coldplay...)
² (a versão mais recente do hardcore).

*Mais informações, músicas da banda, fotos...:
Título: Aquário de Coisas - Brevis

http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=37321
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=8216835
http://www.youtube.com/watch?v=DyaA1IpxGKY
http://www.fotolog.com/brevisrock

*Agradecimentos:
Lívio Rocha - www.deverasperfido.blogspot.com

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TOP 10

terça-feira, 29 de maio de 2007 por Roger Quentin Pires

 

*Este texto foi escirto por Saulo Lima

Este blog estreou recentemente. Ainda não me considero um grande crítico de comerciai de TV, mas tomei a liberdade, fundamentando-me em algumas opiniões, de fazer uma lista, meio que simbólica, de 10 marcas com as melhores propagandas na TV brasileira. Isso mesmo! Não se trata de “uma melhor propaganda de um produto”, e sim, dos melhores anúncios de várias marcas – no caso dez – que sempre vêm inovando seu trabalho a fim de, não apenas, ganhar novos clientes, como também assegurar seus habituais compradores. Por isso não estranhem a falta de uma propaganda criativa. Levou-se em consideração o histórico das marcas.Dentre os critérios utilizados, observou-se se a propaganda era original, chamativa e persuasiva. Ao fim do processo, chegamos ao seguinte resultado:


10Albany: Esse “confronto” homem x mulher, por causa das diferenças entre os sexos, serviu base para uma propaganda bem interessante do Albany que fala das diferenças entre homens e mulheres. Algo, assim digamos, “leve”, que não fosse interpretado como uma forma de preconceito ou semelhante.


9Brahma: A Brahma, atualmente com o Zeca Pagodinho, não é uma das melhores propagandas da TV, apesar de o novo slogan – “Quarta-feira agora é Zeca-feira”, que está mais para lema, já ter virado mania. Mas não podemos deixar de esquecer seu “auge”. Já presenciamos duas ótimas campanhas com esse produto. Um deles foi a dos caranguejos/siris que saiam e bebiam a cerveja de um indivíduo na praia e que, no fim, ainda o zombava com o, na época, tão falado “Nã na na na”. Outra foi na época de Copa do Mundo de 2002 (que traz ótimas lembranças, por sinal) com a tartaruga craque no futebol e seu “íííííí”.


8Chevrolet: Das propagandas atuais de carros, esta é a que chama mais atenção. Seu slogan é uma frase de incrível auto-confiança que nos faz acreditar, se comprarmos, adquiriremos o melhor produto. Sim, estou falando da “Campanha do Vectra”.Antes desta campanha “estrear”, as pré-estréias faziam um chamado por um melhor design do carro. Após um tempo, a marca vem dizendo que depois de vários testes com inúmeros designs, cores e acessórios, restou apenas um estilo para o novo Vectra: o antigo Vectra, acompanhado de uma frase singela: Um Vectra não precisa de mais nada. Realmente, sou obrigados a concordar. Este carro é um ótimo produto, com um preço acessível em comparação a outros de mesmo estilo. É bonito, elegante e que, de acordo com o que quer dizer o novo slogan, “se melhorar, estraga”.


7 Unibanco:Ultimamente, o comercial de animação gráfica da Unibanco vem desbancando a concorrência. Através dos carismáticos “mascotes”, a empresa vem ganhando cada vez mais clientes. Até porque a sua propaganda não é, em nada, enganosa. Tudo que eles afirmam fazer, eles fazem mesmo. É algo simples e engenhoso.


6Visa: Sou obrigado a destacar a mais recente campanha desta empresa. É uma propaganda bem criativa e de impacto. O “Agora só falta isso; não falta mais” é, realmente, uma frase de efeito que nos faz acreditar que este é O produto. Sem deixar de lado a grandiosidade da produção do comercial. Também não é divertida, mas é muito interessante e de uma simplicidade incrivelmente engenhosa.Entretanto não consegui encontrar uma propaganda desta campanha na rede mundial de computadores. Mas isto não me impede de postar um grande comercial desta mesma marca.


5Claro: A Claro pode estar no mercado há pouco tempo, mas vem sempre com ótimas propagandas. São criativas, divertidas e envolventes. É impossível destacar uma ou duas de seus comerciais, uma vez que ela tem sempre inovado. Alguém aí se lembra daquela, se não há engano, no Natal, em que filhos ganham dos pais um Marcelo Antony ou uma Karina Bachi e eles não gostam? “Poxa mãe, eu queria um celular da Claro, por ter muitos modelos, baratinhos e que lhe dá até R$ 600,00 de bônus”. Outra, também muito divertida, é aquela em que, também no Natal, a mãe “flagra” a filha falando com alguém. Esta prontamente responde: “Tô falando com o Papai Noel. Dããã! Pensou que fosse com o chipinho da Claro?”.Outra, umas das mais recentes é a que diz o que nós podemos fazer com o dedo indicador. Simples e criativa, mas interessantíssima. Devo confessar que o comercial encantou muitas pessoas.


4 Mastercard: Desde que foi lançado, o “Existe coisas que o dinheiro não compra. Para todas as outras existe Mastercard.” virou um slogan inesquecível. Praticamente um exemplo de vida. O bordão é genial e “ta na boca do povo”. Tanto por ser criativo, como por ser verdade mesmo. Nem tudo se compra. Nem tudo se vende. E é isso que a campanha em si quer dizer. Os sentimentos não têm valor comercial. Mas o resto, sim.


3 Seda: A marca seda sempre traz uma ótima propaganda, criativa e divertida, mas a que mais me chamou atenção até agora foi aquela com o slogan “Me olha. Me olha de novo”. Uma frase que chama a atenção, por ser realmente o que acontece com as mulheres, acompanhada de um anúncio bem criativo e que, além de tudo, ainda faz do sexo feminino uma raça confiante, inteligente e com respeito próprio.


2Skol: Essa é uma das únicas propagandas que sempre tem temas divertidos e criativos. Sempre inovando, a Skol já trouxe vários temas divertidos. A “cerveja que desce redondo” não precisa apelar com milhares de pessoas dizendo experimenta para convencer seus compradores. Usando-se de temas criativos, ela faz pessoas pararem o que estão fazendo para a assistir.


1 Bradesco: Viu-se nesta lista, que as propagandas eram, antes, originais do que grandes. Entretanto esta empresa soube conciliar as duas características. É, até agora, a melhor e maior propaganda brasileira. Bradescompleto é o slogan mais criativo, produtivo e auto-confiante de todos os tempo. Elogios para este não faltam. Agora, de todas as propagandas já apresentadas deste banco, a partir deste slogan, com certeza, a melhor é aquela com Cirque de Soleil. Um clássico. Amabilíssimo. Comparando as atrações artísticas magníficas e envolventes do espetáculo ao trabalho e às propostas do Bradesco.

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A Menina Poema

domingo, 27 de maio de 2007 por Beatriz Jucá

 


A literatura, sendo a arte de compor ou escrever trabalhos artísticos em prosa ou verso, é uma forma de comunicação e compartilhamento de idéias e histórias. Portanto, não poderia ser excluída de um blog cujo intuito é discutir uma forma de se comunicar de maneira alternativa e independente. E como nós não perdemos tempo, escolhemos para a primeira pauta desta seção mostrar o trabalho de Rita Apoena, escritora que teve os seus textos divulgados primordialmente em um diário eletrônico e hoje tem fãs em vários estados do Brasil.

Rita conquistou um considerável número de leitores com suas metáforas e seu ‘jornal das pequenas coisas’. Usando uma linguagem simples e singela, consegue mostrar a vida como você deixou de perceber. Seus dedos transbordam poesia, e os seus poemas exalam seu amor pela natureza, bem como sua crença em um mundo melhor.

Rita Apoena cursou dois anos de Letras na USP, trancou a matrícula e resolveu estudar fotografia no Centro Universitário Senac, onde diz ser o tempo todo estimulada a criar e encontrar sua própria linguagem. Nas linhas que seguem, a doce poetisa fala sobre literatura e a sua forma de fazer poesia.

Quando/como surgiu o interesse pela poesia?
Desde sempre. Das lembranças que tenho da infância, percebo que eu via as coisas de um jeito muito parecido como as que eu vejo hoje. Eu me alfabetizei cedo e por iniciativa própria porque precisava escrever meus poeminhas, quase todos sobre passarinhos em gaiolas. Eu tinha esperança de que as pessoas grandes lessem e não fizessem mais aquilo. Era algo que me tirava o sono, assim como o desmatamento da Amazônia, a extinção dos animais, a fome no mundo etc. A gaiola foi a minha primeira percepção de injustiça e, por conta dela, eu passei a escrever. Como podem ver, comecei com uma literaturazinha totalmente panfletária.

Você pode dizer que a literatura que você faz foi influenciada por algum escritor em especial? Por quê?
Até hoje, não sei dizer a diferença entre influência e identificação. Eu gostaria muito de ser influenciada por Herberto Helder, que é meu poeta preferido. Ou Drummond. Ou Raduan Nassar. Mas nem se eu tentasse a vida inteira, eu seria capaz de escrever como eles. Já o Mário Quintana, desde o primeiro instante que li, foi imediata a identificação. Aliás, o Mário Quintana foi o meu Brad Pitt da adolescência e, quando ele morreu, eu fiquei tão deprimida como se tivesse perdido alguém da própria família. Quiçá, do mesmo planeta. Quando ele morreu, eu me senti muito sozinha.


Como você definiria os seus textos e a sua maneira de fazer literatura?
Eu acho que são simples e despretensiosos, só isso.

O leitor, ao apreciar os seus textos, muitas vezes consegue sentir o seu prazer pela escrita, bem como a sua vontade de viver dela. Qual a sua perspectiva em viver de literatura em um país onde a leitura ainda é precária?

Não tente em casa ou longe de algum adulto (risos). Bem, tenho a meu favor um imenso desapego às coisas materiais. Percebi que a diferença entre ter muito dinheiro e pouco dinheiro é que você compra muitas ou poucas coisas, respectivamente. Claro, além do essencial que todo ser humano tem (ou deveria ter) o direito. Por exemplo, tenho um celular que, quando tiro da bolsa, meus amigos fingem que não me conhecem (risos). Mas está funcionando, ora! Por que vou comprar um celular sem tampa, depois um que abre a tampa, depois um que desliza a tampa, depois um com tampa mágica se o mesmo celular vai me deixar feliz toda vez que um amigo me ligar? Então, eu não tenho ilusão alguma de ganhar dinheiro fazendo (ou tentando fazer) literatura.

A divulgação e publicação do seu trabalho foram feitas somente através da Internet? Como começou todo esse sucesso?
Em 1998, eu criei um diário na Internet, feito em html e atualizado no Front Page. Mostrei apenas a alguns amigos muito íntimos. Foi assim que começou: por culpa de alguns amigos línguas-grandes, que não sabiam guardar segredos. E continua assim, desde então. Um gosta e conta para o outro, eu acho intrigante.

Até que ponto você acha que o surgimento dos blogs e da comunicação alternativa em geral pode influenciar a literatura? Tanto a produção como a leitura?
Assim como surgiram os romances de folhetim, no início do século XIX, eu acho que os blogs de hoje podem dar uma nova roupagem à produção literária atual. No meu caso, o formato blog foi mais do que decisivo nas minhas escolhas. Eu pensei: puxa, ler nesse monitor é muito chato. Eu tenho de encontrar um jeito de dizer tudo o que eu quero dizer em pouquíssimas linhas. E assim fui limando tudo o que eu escrevia, até chegar ao miolo.

Pode-se observar, via Internet mesmo, que o seu número de leitores cresce a cada dia, como você se sente com tudo isso?
Perplexa. Eu juro que não entendo o que tanto o pessoal enxerga nos textos! Daí, eu mesma começo a virar o texto de todos os lados, olho daqui, olho dali, viro de bundinha para cima, ergo o bracinho, fico tentando achar alguma explicação. Eu ainda acho que nem é por conta das palavras que eu escrevo, mas porque sou um pára-raio de gente maravilhosa. Tenho leitores que me acompanham desde o comecinho na Internet, desde os tempos da escola, outros vão chegando e ficando, é assim. Nem é Literatura, é uma grande amizade.

Rita Apoena deverá lançar seu livro até o final do ano. Segundo a autora, ‘É um livro pequeno, de poucas páginas, embora eu esteja escrevendo há quase dois anos. As teclas que eu mais uso são: delete e backspace. Existem duas versões do mesmo livro. Uma, feita para as crianças pequenas, conta com as ilustrações da minha amiguinha Liège, de seis anos. A outra versão, feita para as crianças grandes, tem as ilustrações do meu querido amigo Jay, do Yolk's Yogurt’.

Você pode encontrar a poesia de Rita em
http://ritaapoena.zip.net/index.html.

*Ilustração: Jovan de Melo (Jay), em
http://fotolog.com/yolks_yogurt.

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Um blog mantido por estudantes de Comunicação da Universidade Federal do Ceará. O tema do blog é a comunicação em si. Uma abordagem informal sobre as principais formas de comunicação social.

 

 

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