Sombra
sábado, 21 de julho de 2007 por Gisa Carvalho
Meu amigo não é fotografo profissional, nem precisa ser para utilizar o efeito “sombra”. Basta ficar de costas para o sol e não utilizar o flash da câmara. É algo semelhante aos eclipses solares.
Isso pode ser um defeito da imagem. Algumas pessoas, sem qualquer noção de fotografia, não percebem a falha e produzem uma foto “feia”. Atualmente isso não é mais um problema já que com o surgimento das câmaras digitais, ao perceber o defeito de uma foto, podemos excluí-la e fazer outra, sem precisar esperar ate que a foto seja revelada para saber o que aconteceu com a imagem.
Outras vezes, como no caso da foto do meu amigo, o efeito é estético e ainda pode ser utilizado para preservar a imagem de quem aparece na foto.
As sombras, assim como os outros componentes de uma fotografia, quando em excesso, podem causar um defeito ou deixar a imagem mais bonita, ou ainda uma maneira de dizer alguma coisa. No caso dessa foto, acho que está mais pra esconder alguma coisa...
"The sound of music": tentativa de contar a história da música no cinema!
sexta-feira, 20 de julho de 2007 por Darwin
http://musica.busca.uol.com.br/radio/index.php?busca=john+williams¶m1=homebusca&check=artista#
É muito estranho ver imagens sem som, tanto que nem o cinema conseguiu ser totalmente mudo, não havia fala, mas o som estava lá. As exibições eram acompanhadas por um pianista que improvisava músicas a partir das imagens projetadas. Algumas salas mais sofisticadas usavam uma orquestra inteira, e poucos filmes usavam trilhas originais. Chaplin foi pioneiro ao escrever partituras que deveriam ser tocadas em cada cena de seus filmes, eram músicas simples que se adequavam ao seu estilo de filme.
Não faz muito tempo que escrevi sobre a relação som/imagem aqui no blog, mas agora vou tentar fazer uma análise mais profunda. No século XIX a música instrumental era dividida em absoluta e programática. A absoluta não utilizava nenhuma outra forma de apreciação para ser construída, seria a música feita por ela mesma, um exemplo disso seria a música de Bach, além disso, era uma música mais tradicional. A música programática teria surgido com o Romantismo na metade do século XIX, seria a música inspirada em formas não-musicais, a arquitetura, a natureza, exemplos disso são As Quatro Estações de Vivaldi e a Sexta sinfonia, a Pastoral, do meu caro Ludwig Van. Nessas musicas ainda não havia a intenção de contar uma historia através de uma sinfonia, isso só foi apresentado pelo francês Hector Berlioz em sua Sinfonia Fantástica que contava partes diferentes da historia em cada movimento da música.
O estilo criado por Hector Berlioz inspirou o Poema sinfônico desenvolvido por Franz Liszt. As músicas nesse estilo eram totalmente guiadas pela narrativa. Tchaikovsky e Richard Strauss tambés se aventuraram nesse estilo e compuseram músicas inspiradas em obras de Shakespeare e Cervantes. Essa união de música e literatura fascinou jovens artistas do séc. XIX criando uma escola desse estilo. Richard Strauss era considerado por Debussy “um compositor cinematográfico, por ser sua obra uma infinita fonte de imaginação cinemática, gerando uma cadeia de imagens estimuladas pelo som da grande orquestra”. E não posso deixar de citar Richard Wagner que criou dramas musicais (Tristão e Isolda, O Navio Fantasma) onde cada tema musical caracterizava uma ação do personagem.
No início século XX o mercado fonográfico passou por muitas mudanças e a música sinfônica tradicional perdeu muito de seu prestígio. Os compositores que não se adequaram às mudanças dos novos tempos foram para o cinema. Toda aquela história de música programática resultou nas trilhas cinematográficas.
Em 1926 surgiu o Vitaphone,tecnologia patrocinada pelos irmãos Warner, Era um aparelho que incluía um projetor e um toca-disco que sincronizava o som e a imagem, o primeiro filme sonoro a ser exibido foi The Jazz Singer(1927) com Al Johnson, o primeiro onde era possível ver alguém falar e cantar. Tinha muitos problemas, o chiado, por exemplo, e caso o disco arranhasse? A sincronia era perdida e o filme ficava insuportável. Depois surgiu o Movietone, da Fox, que imprimia o som na película e acabou com esses problemas de chiado e sincronia.
A utilização do som no cinema levou a uma série de discussões, afinal como o som deveria ser usado?No princípio usavam as músicas para encobrir o silêncio das cenas em que não havia diálogos, as músicas tinham um caráter ilustrativo, principalmente no cinema americano. Já que o Europeu contou com Sergei Eisenstein que desenvolveu teorias de utilização do som para a criação do ambiente. As teorias de Eisenstein só chegaram ao cinema americano em 1939 com o filme Fantasia de Walt Disney. Nesse filme a narrativa e os personagens estão totalmente submetidos à música. O filme não foi um sucesso de público, mas causou grande impacto no meio cinematográfico, pela primeira vez na história do cinema o roteiro do filme passa a ser a música.
Nessa época as trilhas eram quase que totalmente compostas por músicos europeus de grande tradição na música sinfônica, esse tipo de música se adequava perfeitamente a filmes épicos ou românticos, com King-Kong, E o vento Levou, Casablanca... Mas e quanto a comédias, westerns e filmes policiais? No final dos anos 40 surge uma nova geração de músicos para suprir esse tipo de necessidade. As músicas passam a ser mais específicas, e alguns diretores começam a adotar compositores para seus filmes, isso aconteceu com Hitchcock e Bernard Herman (que fez trilhas para Psicose e Um corpo que cai), Spielberg e John Williams (ele fez a trilha e quase todos os filmes do Spielberg, de Tubarão a Inteligência Artificial ), isso cria um clima incrível já que o diretor sabe como o compositor trabalha e vice-versa.
É nos anos 60 que a música pop entra no cinema, a atuação da musica sinfônica se torna mais pontual, surgem os grandes compositores populares e agora as pessoas saiam do cinema cantarolando, Singing in the rain, just singing in the rain, what glorious feeling I’m happy again... ou The hills are alive with the sound of music!
Nos anos 70 e 80 a música pop continuou sendo explorada em detrimento da música sinfônica, hoje as duas andam juntas, geralmente um filme tem uma partitura orquestral fazendo a trilha e a música pop presente na canção-tema. Eu adoraria falar mais sobre a música contemporânea no cinema, mas basta ver os filmes atuais para ver como isso funciona.
Segue aí um top 10 das minhas trilhas favoritas.
2 – Cinema Paradiso e Malena – As duas trilhas do Ennio Morricone, Cinema Paradiso perderia 80% de sua magia sem a música e o filme Malena não é grnade coisa, mas a trilha é incrível.
3 – aqui houve um empate entre duas trilhas do John Williams
Star Wars – eu particularmente prefiro a do Retorno de Jedi mas todas seguem a mesma tendência e são inesquecíveis.
Tubarão – essa trilha é do John Williams e nem precisa de muitos comentários, foi muito bem usada pelo Spielberg, o tubarão nem precisava aparecer, era só ouvir a música que já sabíamos que ia ter sangue.
4 – O Fabuloso destino de Amelie Poulain – a trilha é do multi-instrumentista Yan Tiersen, mistura música folclórica, pop e erudita, o resultado é uma trilha tão marcante quanto o filme.
5 – Um corpo que cai – trilha do Bernard Herman para um dos melhores filmes do Hitchcock, o aspecto sombrio das músicas combina muito bem com a atmosfera criada pelo Alfred.
6 – Os fantasmas se divertem – a trilha é de Danny Elfman, a sintonia entre ele e o Tim Burton é incrível
7- Pulp Fiction – Quentin Tarantino sempre usa suas canções favoritas em seus filmes, o filme não tem uma música original, mas mistura rock instrumental, jazz, surf music, soul e outras coisas viciantes
8 – Amadeus – Johns Strauss cuidou dessa trilha de forma magistral, e o Millos Forman dirigiu o filme como se a música fosse um personagem, genial!
9 –- E.T – também do John Williams, não dá pra esquecer a cena do E.T voltando pra casa, a do vôo na bicicleta... Músicas incríveis com o doce sabor da infância (clichês bombando)
10 – Quase Famosos ( as canções escolhidas pela Nancy Wilson são incríveis, dá vontade de viajar com uma banda em um ônibus velho)
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Maratona Teatral
quinta-feira, 19 de julho de 2007 por Dan
Há quem pense que o teatro é uma arte elitista, e não posso negar que ela aparente. Os espetáculos ocorrem em prédios, que limitam a entrada de pessoas que tenham problemas de transporte. Os espetáculos podem custar caro (isso é apenas um engano, mas fica pra outro texto). É diante desses problemas que o teatro parece ser cada vez mais uma arte não aproveitada.
É justamente por essa falta de acessibilidade que a Prefeitura de Fortaleza faz da cidade um enorme palco para o V Festival de Teatro de Fortaleza. Praças, terminais e grandes teatros de nossa cidade sediarão mais de 100 espetáculos no período de 20 de julho à 4 de agosto.
A descentralização dos espaços de exibição de espetáculos é o grande mote do FTF, que, nesse movimento, pretende alcançar novos e transeuntes públicos. "O grande objetivo do Festival é mostrar a produção de teatro que temos em Fortaleza, e que a temos em várias formas; não só o teatro italiano, mas também outras linguagens, como a da rua, a do teatro de bonecos. Pretendemos que as pessoas que vão saindo do seu horário de trabalho e que não tenham costume de ir ao teatro sejam instigadas. E a novidade deste ano é Mostra dos Bairros. Antes, eram somente nos terminais e nas praças, mas não nos centros culturais e espaços públicos das regionais. Agora, o Festival se abriu mais”, pontua Almeida Júnior, presidente da Federação Estadual de Teatro Amador (Festa).
A Mostra de Teatro de Bonecos, organizada pela Associação Brasileira de Teatro de Bonecos (Abtbon), ocupa os terminais de ônibus; a Mostra do Teatro de Rua invade a Praça do Ferreira, organizada pelo recém-rearticulado Movimento de Teatro de Rua; a Mostra Lona Livre, espaço de experimentação, ocorre sob lona de circo armada na Praça José de Alencar. “E agora estamos indo à comunidade não só levando espetáculos na Mostra nos Bairros, mas trabalhando oficinas. Não é só ‘levar’, mas abrir diálogos”, explica José Alves Neto, coordenador do Núcleo de Teatro da Funcet.
Durante o FTF, ainda ocorre o XVI Congresso Brasileiro de Teatro, com delegados de todo o País. No sábado, o FTF ainda ganha apresentação do longevo Grupo A Barraca, de Portugal, com o espetáculo Darwin e o Canto dos Canários Gregos. Por fim, ainda acontece a Mostra Repertório, com a apresentação de espetáculos do Grupo Expressões Humanas, da diretora Herê Aquino. “O Grupo tem um trabalho consolidado no teatro local, não pára de produzir e tem continuidade. Busca uma pesquisa estética e de atuação. Além de ter sido premiado com editais públicos de teatro”, explica José Alves Neto a escolha do grupo homenageado. Em 2006, o grupo escolhido foi o Bagaceira, que este ano fecha a programação do FTF com o espetáculo recém-montado PornoGráficos, no Teatro Antonieta Noronha, dia 4.
• Mostra Especial Adulto e Infantil: http://ftf.com.br/mostra_adulto
• Mostra Paralela (Praça José de Alencar): http://ftf.com.br/mostra_infantil
• Mostra Teatro nos Bairros: http://ftf.com.br/mostra_repertorio
• Mostra Teatro de Rua (Praça do Ferreira): http://ftf.com.br/mostra_teatro_boneco
• Mostra Teatro de Bonecos (Terminais de ônibus): http://ftf.com.br/mostra_teatro_rua
• Oficinas: http://ftf.com.br/oficinas_v
• Programação por dia de TODO Festival: http://ftf.com.br/por_dia
Por motivos diversos o texto foi livremente e cara-de-paumente recortado e adaptado do site: http://www.opovo.com.br/opovo/vidaearte/712977.html
Marcadores: Daniel Bandeira, Teatro
Pra quem sentiu falta da coluna de música ontem...
por Darwin
Querido Diário,
terça-feira, 17 de julho de 2007 por Anônimo
Fiquei o resto do tempo de frente da TV, uma SANYO, porque ela não oferece qualquer serviço e sim um 'continental europeu', seja lá qual diferença faz. No início da tarde liguei pra uma amiga, usei o telefone da sala, um SIEMENS, aquele que todo mundo tem (não sei o porquê, porque esse telefone é uma "bomba", quem já me ligou sabe, mas deve ser por que é sempre "a melhor oferta"). Minha amiga tava indganada porque estava esperando uma encomenda do Sedex havia uma semana e ainda num tinha chegado, mas ainda bem que pra "tudo na vida tem sedex" - desconfio que até mesmo a justiça brasileira, mas aí é outro papo.
Fui tomar banho com o sabonete FOFO, com cheirinho de bebê. Troquei de roupa. Tirei meu pijama MALWE, que é tão gostoso quanto um abraço e coloquei aquele vestidinho da C&A, porque lá eu uso e abuso nas compras. Comi uma lasanha de soja da SADIA no forno para poder "comer com muito mais prazer" (será que vem com algum ingrediente afrodisíaco?) acompanhada de uma coca bem geladinha, pois eu sei viver o que é bom. Aproveitei o fim da tarde pra gravar uns CD´s pra minha mãe do ROBERTO CARLOS, foram tantas emoções. Achei estranho foi quando vi a marca do CD, FABER CASTELL, aquela que está sempre comigo. Realmente, achava que ela só me acompanhava na escola. A noite meus pais avisaram que íam sair pra tomar uma BOA, pra mim, uma BOA, seria uma xícara de café com leite da SANTA CLARA, "o que todo mundo quer beber", mas o que será uma BOA pra eles? Hum.. deve ser aquela cerveja!
E eu fiquei sozinha em casa, usando a internet VELOX (porque com ela eu fico conectada em altíssima velocidade), comendo BONO (com muito mais recheio), acompanhando da nova água da coca cola AQUARIUS FRESH (levemente gaseificada e com gostinho de limão, além de zero açúcar), sempre beliscando um salgadinho da chips (já que "é impossível comer um só"), que me fez lembrar do BIS, que lembra chocolate e me dá vontade de comer BATOM GAROTO (sabia que esse desejo ainda ía chegar um dia, por isso que vivo pedindo minha mãe pra comprar BATOM)...
Novamente coloquei meu pijama MALWE, o qual me fez sentir abraçada, cortei minha unhas com a tesourinha do MICKEY (que só eu tenho, você não tem), tomei meu DORIL, porque com ele a dor some e consigo descansar depois de mais um dia ansioso pelo início das aulas... Boa noite!
Marcadores: Publicidade, Sara Aragão
Jornalismo - OMBUDSMAN
segunda-feira, 16 de julho de 2007 por Roger Quentin Pires
Ombudsman é o nome dado ao profissional do jornal que exerce a função de ouvidor público. Essa função tem o ''poder'' de interligar o leitor ao jornal. Através de telefonemas, e-mails, cartas e faxs o ombudsman coloca num espaço do jornal a opinião dos leitores e também a sua correção particular de eventuais erros cometidos pelos profissionais do jornal.
imagem de redação de jornal_
OS CHATOS DA REDAÇÃO?!
Pois é, o ombudsman são considerados pessoas que corrigem os jornalistas. Até ai tudo bem, quem gosta de ser fiscalizado? Mas há situações em que os jornalistas não aceitam as correções do ombudsman. Como qualquer outro problema, depende do caso. O ombudsman dá espaço ao jornalista para se defender do erro e deixar tudo claro para os leitores. O ombusdman é o advogado dos leitores.
Marcadores: Jornalismo, Roger Q. Pires
FOTO QUE SEDUZ
domingo, 15 de julho de 2007 por Marcella
Até 1930, a ilustração a traço era a base da propaganda impressa em nosso país, até porque toda a propaganda não era tratada por agências especializadas como nos dias de hoje, mas pelo próprio jornal ou revista que veincularia os anúncios. Neste mesmo ano, as agências estrangeiras começaram a chegar no Brasil e tinha uma imensa dificuldade de fazer propagandas com fotopublicidade, pois nossos fotógrafos não tinham qualificação para esse tipo de fotografia.
Em 1940, Chico Albuquerque surge como o pioneiro na fotopublicidade entre os fotógrafos brasileiros. Albuquerque, como era conhecido em São Paulo dá o pontapé inicial para a nossa liberdade de criar fotos brasileiras em propaganda, sem precisar das fotos fabricadas pelos americanos. E o mais legal de tudo, é que o Chico é cearense! Em um próximo texto, vou falar um pouco sobre ele, mas quem quiser logo conhecer o trabalho deste homem da terra que teve uma história linda na fotografia em geral, é só entrar no site do Instituto Chico Albuquerque, entidade sem fins lucrativos, que tem como único objetivo, montar exposições com o trabalho do fotógrafo, tanto no Brasil como no exterior. É só acessar:
Marcadores: Fotografia, Marcella