A CONSCIÊNCIA DA FOTOGRAFIA, SEM PRECISAR FALAR.
sábado, 23 de junho de 2007 por Marcella
"FOTOGRAFAR É COLOCAR NA MESMA LINHA DE MIRA CABEÇA, OLHO E CORAÇÃO"
Marcadores: Fotografia, Marcella
Puttin' on the Ritz – um pouco de cinema, moda e Hollywood!
sexta-feira, 22 de junho de 2007 por Darwin
As grifes viram a oportunidade de lucrar muito com a indústria cinematográfica. As pessoas assistem aos filmes e querem ser como seus heróis. Por exemplo, ao compra um terno Armani e dar um passeio pela cidade você não é apenas mais um vestido em um terno do rei de Milão, é o próprio Richard Gere em Bervely Hills no filme Gigolô Americano. Uma garota usando botas chanel pretas de cano alto e saias Kavin Klein se sente a Anne Hathaway em “O Diabo Veste Prada”. Esse é o objetivo do cinema e da moda, vender sonhos.
Até a década de 40 as produções eram muito exageradas, tudo era maior e mais caro que o normal, as pessoas iam ao cinema e se sentiam partes daquela realidade alternativa que se opunha ao que viviam. Nessa época o mundo todo estava em crise (grande depressão, 2 guerra...) . Na década de 50 usar jeans e camiseta virou sinônimo de rebeldia depois das aparições de James Dean em juventude transviada e Marlon Brandon em “Um bonde chamado desejo”. Em 1956 Brigitte Bardot apareceu usando um biquíni no filme “E Deus criou a mulher” , isso revolucionou a moda praia. E não podemos esquecer Marilin Monroe que foi a única atriz a se sustentar inteiramente na sensualidade, Grace Kelly que virou a personificação da elegância, claro que as roupas claras e a luz direta ajudaram a dar um ar mítico a suas personagens.
Na década de 60 Audrey Hepburn virou o ícone máximo que liga cinema e moda ao interpretar uma garota de programa em “Bonequinha de Luxo”, até hoje existem coleções inspiradas em seu personagem nesse filme. Com a corrida espacial, e a possibilidade de um futuro no espaço a moda refletiu a necessidade de estar preparado para esse futuro, no cinema isso pode ser visto em “Laranja Mecânica (mais uma vez citando esse filme)”.
Na década de 70 o filme estrelado por John Travolta, “Os Embalos de Sábado à noite” inaugurou a era disco, calcas bocas de sino, cintura alta, saltos plataforma (para homens e mulheres) se tornou peças obrigatórias para os que queriam estar na moda. Dois filmes nos anos 80 fizeram o mundo se render aos talentos de Girogio Armani, “Gigolô Americano” e “Os Intocáveis”, uma propaganda baseada nesse segundo filme foi premiada no festival de Cannes em 1992. Veja no youtube: http://www.youtube.com/watch?v=jiG5CxoM180&eurl=http%3A%2F%2Foglobo%2Eglobo%2Ecom%2Fblogs%2Flula%2Fpost%2Easp%3Fcod%5FPost%3D13690
Ainda nessa década no filme Annie Hall de Woody Allen, a personagem de Diane Keaton usava roupas largas e masculinas, esse estilo ficou namoda até meados dos anos 90, esse estilo de roupa se popularizou em uma época em que as mulheres começavam a ocupar cargos mais altos no mercado de trabalho.
Nos anos 90 dois filmes merecem destaque. Pulp Ficition de Quentin Tatantino e Prêt-à-Porter de Robert Altman. O primeiro por falar de cultura pop, e por ter lançado moda. O cabelo e as roupas de Mia Wallace viraram moda na época, basta dar uma olhada naquele álbum de família, ou nos vídeos de casamento... O segundo filme é um dos melhores relatos sobre os bastidores do mundo da moda, o filme mostra o lado negro dessa indústria, o filme se passa durante a Semana de moda de Paris e tem no elenco Marcello Mastroianni , Sophia Loren, Julia Roberts, Kim Bassinger e Tim Robbins.
Dois filmes recentes tratam desse assunto: O Diabo Veste Prada e Maria Antonieta. O primeiro mostra as sutilezas da indústria da moda, focando na paranóia das pessoas que trabalham com isso, mas a história interessante, a excelente atuação da Meryl Streep e ser baseado em fatos reais não correspondem a 30% das razoes do sucesso do filme, o principal motivo que levou milhões de pessoas ao cinema para verem esse filme foi o figurino escolhido por Patrícia Field!Dolce & Gabanna, Valentino, Kalvin Klein, Donna Karan e Chanel são os protagonistas do filme. O filme faz uma crítica ao mundo da moda, mas é ofuscada pela sensação de consumismo que as pessoas sentem ao sair da sala (o que é perfeitamente compreensível). Maria Antonieta mostra a história de uma das figuras mais fúteis da história, ela gastava fortunas em roupas,sapatos, festas, doces... Acredito que tenha sido a primeira vítima fatal da moda. Esse filme mostra a bem a questão do consumismo, em uma cena a diretora e ex-estilista Sofia Copolla mostra o momento das compras da rainha, alternando imagens de doces e roupas ao som de “I want Candy” do Bow wow wow., essa cena ilustra o prazer diante da compra, tudo nela parece comestível. Sofia Copolla disse que queria deixar tudo “doce para os olhos”. Estilistas de peso assinaram o figurino do filme, Karl Lagerfield, Christian Dior e John Galiano dirigidos por Milena Canonero, o filme ganhou o Oscar de melhor figurino.
Para terminar, na última edição de inverno do SP Fashion Week 16 desfiles tiveram suas temática inspiradas no cinema, filmes como Mad Max, Laranja Mecânica e Maria Antonieta inspiraram as coleções de inverno em 2007. E depois de ler tudo isso vem àquela dúvida, a arte imita mesmo a vida? Acho que quando as coisas envolvem moda e cinema a vida pode muito bem imitar a arte.
Curiosidades:
- Puttin' on the ritz é uma música de Fred Astaire que fala sobre cultura pop, e a expressão tem o mesmo sentido de " ponha isto na moda".
- O figurino usado por Meryl Streep em "O diabo veste prada" foi baseado na usado por Audery Hepburn em "Bonequinha de Luxo"
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Especial: Ricardo Guilherme e o Teatro Radical.
quinta-feira, 21 de junho de 2007 por Dan
Muito tenho dito do teatro como arte e de forma universal. Hoje, porém, publicarei a primeira parte de uma entrevista com uma grande personalidade do teatro: Ricardo Guilherme! Ator, dramaturgo e diretor teatral, Ricardo, é um dos maiores nomes do teatro cearense, brasileiro e até mesmo mundial. Foi criador do Teatro Radical, que será tema da próxima semana.
A entrevista que segue a baixo é a primeira parte da riquíssima e maravilhosa entrevista realizada semana passada com o próprio Ricardo Guilherme. Devo creditar, antes de tudo, essa matéria ao meu grande amigo que desenvolveu as perguntas para a entrevista: Pedro Guimarães. Sendo assim, coube a mim apenas os meios de idealização, produção e realização da matéria.
ENTREVISTA DE DANIEL BANDEIRA COM RICARDO GUILHERME
1. Desde quando o senhor sentiu interesse por Teatro? Onde buscou aprendizado? Quais as suas maiores influências?
Meu aprendizado inicial nasce da dramatização da Palavra. Em 1969, aos 14 anos, eu já atuava em radionovelas nos estúdios da velha Ceará Rádio Clube. No ano seguinte, estreei no Teatro. Minha formação cênica é de autodidata. Ainda na adolescência descobri autores fundamentais como Stanislavski, Brecth, Artaud e Grotovski, dentre outros. Mas fiz também estudos de temas diversos: artes em geral, literatura, educação, comunicação social, psicologia, história, antropologia, filosofia, sociologia etc. Intuía que um ator deveria ser um humanista e que, portanto, não poderia se limitar apenas a fazer leituras sobre Teatro. Tive também o privilégio de ter como mestres Waldemar Garcia - que me despertou para a cultura teatral dos clássicos - e Clóvis Matias - que me motivou a pesquisar os folguedos, os melodramas de circo, os palhaços. Minha estréia teatral se deu na tradicional peça O Mártir do Gólgota. Este espetáculo era uma espécie de encontro de gerações. Nele atores veteranos e emergentes partilhavam experiências. Desde então, aprendi a reconhecer nos atores do passado um patrimônio de conhecimento que tem de ser reprocessado, redimensionado por novos modos do fazer teatral. Além de ter no Ceará a oportunidade de trabalhar com atores veteranos, pude ver em cena figuras oriundas da primeira metade do século XX, como, por exemplo, Dulcina de Moraes, Procópio Ferreira, Iracema de Alencar, André Villon, Henriette Morineau, Eva Todor e principalmente Dercy Gonçalves, que julgo ser a atriz mais radicalmente emblemática do século. Mais do que uma atriz, a Dercy é uma matriz. No Brasil, é ela que traz a marca do ator-cidadão, cuja representação filtra a personagem e a concebe perpassada pela personalidade do intérprete. A Dercy foi pós-moderna antes do modernismo, já era em pleno século XX uma típica atriz do século XXI ao se apoderar, ao se apropriar de tudo que fez e por ser, assim, autoral. E das matrizes de atuação dessa atriz de cem anos deriva o ator contemporâneo. Por exemplo, a Denise Stoklos. Na postura diante da vida e do teatro, ela é uma Dercy do Terceiro Milênio. Quanto a mim, acho que o meu viés de representação tem também sintonias dercyanas. As viagens que fiz (Espanha, Portugal, França, Alemanha, Angola, Argentina, Tunísia, México, Nicarágua, Cuba, etc.) me possibilitaram criar analogias, análises e subsidiar uma compreensão sobre o teatro, para ser um ator que, sim, estuda cientificamente o teatro, com todos os aportes que a contemporaneidade propicia, mas que não deixa de levar em conta o cabedal da tradição. Considero que, hoje, sou resultante dos desdobramentos de todos esses processos.
2. De todos os trabalhos realizados, quais se tornaram mais marcantes?
São quase 40 anos de carreira, mais de cem trabalhos realizados. Estive em diversos grupos e em todos eles realizei trabalhos que ampliaram o espectro do meu aprendizado até que em 1978 fundei o Grupo Pesquisa que produziu, em 1981, o solo Apareceu a Margarida, de Roberto Athayde, peça com a qual excursionei por inúmeros países. Esta montagem seria o marco de uma nova fase. Constituem outros destaques as montagens que foram marcos históricos na minha trajetória para o desenvolvimento da pesquisa sobre a Radicalidade:
1. Valsa Número Seis, primeira direção radical (1990);
2. Sargento Getúlio (1991), minha experiência inicial como ator na poética do Teatro Radical;
3. Flor de Obsessão (1993), por sua polifonia, seu caráter épico e despojado;
4. A Cantora Careca (1994), primeiro espetáculo não-solo do Radical
5. 68.com.br, por ter sido a primeira peça a reunir em cena todos os atores da Associação de Teatro Radicais Livres, consolidando o Radical como a poética de um grupo coeso (1998);
6. A Divina Comédia de Dante e Moacir (2000), por reafirmar o compromisso da minha dramaturgia com os arquétipos da cearensidade.
Segue abaixo uma breve cronologia do trabalho de Ricardo Guilherme no teatro:
Ator, dramaturgo e diretor teatral, com uma teatrografia de mais de cem espetáculos realizados, em quase quarenta anos de atividade, numa trajetória nacional e internacional, em que figuram temporadas em países da Europa, África e das Américas, além de prêmios como o concedido em 1987 pela UNESCO.
Historiador, com livros sobre a história do teatro cearense, premiado pelo Ministério da Cultura, nos anos 1970, por seu trabalho de pesquisador.
Contista, cronista, poeta, com obra publicada pela Secretaria de Cultura do Estado do Ceará, Fundação Cultural de Fortaleza e Fundação Demócrito Rocha.
Jornalista desde 1978, com trabalhos de reportagem premiados pela Fundação Nacional de Artes Cênicas.
Professor da disciplina História do Teatro Brasileiro, desde 1979, no Curso de Arte Dramática da Universidade Federal do Ceará, com experiência de ensino em diversas universidades da Europa, da África, da América Central e da América do Norte.
Representante do Brasil em inúmeros festivais mundiais de teatro e congressos internacionais de encenação e dramaturgia.
Especialista
Fundador do Grupo Pesquisa (1978) e um dos integrantes da equipe fundadora da Televisão Educativa do Ceará (hoje TVC) e da Rádio Universitária.
Criador do Museu Cearense de Teatro (atual Centro de Pesquisa em Teatro)
Formulador da poética do Teatro Radical (1988).
Criador do Teatro Radical, Ricardo também fala da criação e realização do Teatro Radical, que serão publicados na segunda parte da entrevista, para o dia 28 de junho. Quero agradecer imensamente a enorme colaboração e disposição de Ricardo Guilherme, que se mostrou, desde o início, muito acessível para a realização dessa matéria. Ficam aqui registrados meus agradecimentos.
Como de habitual, divulgo aqui as Aulas Shows realizadas semanalmente por Ricardo:
- Segundas-feiras no Teatro Universitário Carlos Magno, às 19:00. Entrada Gratuita.
- Terças-feiras no Teatro SESC Emiliano Queiroz, às 19h. Entrada Gratuita.
Gostaria, também, de lembrar a peça:
TODA NUDEZ SERÁ CASTIGADA
Dias 21, 22 e 23 de junho às 21h no Teatro José de Alencar. Entrada: R$20,00/ 10,00 (torrinha); R$30,00/ 15,00 demais lugares. Montagem da Cia. Armazém de Teatro (RJ). Um grande sucesso de Nelson com um dos melhores grupos do país. Prêmio Eletrobras de Teatro 2006 (melhor iluminação, melhor cenografia e melhor figurino) e indicada a Melhor espetáculo e Melhor Direção.
Marcadores: Daniel Bandeira, Teatro
O Homem Espetáculo
terça-feira, 19 de junho de 2007 por Bruno Bacs
Em 1952, nasceu um artista em Recife. Aos 12 anos ele já tocava violino, instrumento que lhe abriria portas importantes para o cenário musical. Nos anos 1960, nosso artista se torna membro da Orquestra da Câmara da Paraíba e da Orquestra Sinfônica do Recife. Sua grande habilidade instrumental lhe levou a integrar o Quinteto Armorial, uma das peças do Movimento Armorial, que pretendia renovar cerâmica, tapeçaria, pintura, gravura, teatro, escultura, poesia e música com releituras dessas artes sob a visão da cultura nordestina, recriada pelos inúmeros participantes do movimento, orientado pelo folclorista, teatrólogo e, hoje, membro da Academia Brasileira de Letras, Ariano Suassuna.
Nosso personagem, Antonio Carlos Nóbrega, é um dos responsáveis pela brilhante execução e adaptação de peças populares e medievais para os cantares do romanceiro nordestino. A nova roupagem e personalidade dada àquele tipo de música contou com instrumentos caracteristicamente nordestinos: rabeca, pífano, merimbau, viola sertaneja; além de violino, violão e flauta transversa. O Quinteto lança 4 discos e dissolve-se em 1980. Em 1976, Antonio Nóbrega, somando o conhecimento adquirido sobre cultura popular ao musical erudito e às próprias experiências artísticas, desenvolve seu próprio trabalho. O homem espetáculo continuava se formando.
Em 1983, muda-se para São Paulo com sua esposa e "O maracatu misterioso" inaugura sua fase solo. Com Braulio Tavares e Romero de Andrade Lima, Nóbrega, nos espetáculos "Brincante" e "Segundas histórias", dá início a saga de "Tonheta", uma colcha de retalhos de diversos tipos populares que habitam as ruas e praças do Brasil. A epopéia picaresca desse personagem é contada por outros dois: "João Sidurino" e "Rosalina de Jesus" utilizando qualquer linguagem ou forma de comunicação (dança, teatro, música, mímica, circo, ventriloquismo,...)
O multiartista cria com sua esposa, Rosane Almeida, a Escola e Teatro Brincante, centro cultural que promove eventos e cursos. Nos anos 1990, continua ganhando prêmios: dois pelo conjunto de sua obra (Shell, 1994; Mambembe, 1996), outro por melhor show do ano (O Globo, 1996), além do Prêmio APCA de Projeto e Pesquisa Musical do Ano (1996).
Pendendo seu trabalho mais para a música desde 1990, o Antonio Nóbrega lança em 2006 o CD/Espetáculo 9 de Frevereiro¹, trazendo a todos a ciência do centenário do Frevo um ano antes dos festejos.
Superando as acusações de tomar o palco dos verdadeiros mestres populares partindo de pessoas incapazes de diferenciar referências e influências estilísticas de plágio, o homem espetáculo dá continuidade ao trabalho de seu mestre Ariano Suassuna e continua recriando a cultura popular brasileira, perdida em meio a enlatados estrangeiros sem conservantes.
¹ - 9 de Frevereiro é uma alusão à data da primeira aparição do nome frevo na imprensa, no "Jornal Pequeno" no dia 9 de fevereiro de 1907.
Marcadores: Bruno Preá, Música
"Propaganda é a alma do negócio"...
por Anônimo
Marcadores: Publicidade, Sara Aragão
Web-Fonte
segunda-feira, 18 de junho de 2007 por Roger Quentin Pires
____É claro que não custa nada [aliás, é super importante] investigar a veracidade das informações que serão usadas; um telefonemazinho aqui, um e-mailzinho ali, uma lida num livro aculá... Pelo wikipédia.com eu não boto minha mão no fogo! Lá todos podem editar qualquer informação. Mas acredito fielmente no companheiro Google, isso até eu ter que pesquisar com mais profissionalismo, ou seja, entrevistar pessoas, ler profundamente sobre o assunto, saber a origem das informações e/ou imagens, pesquisar em livros, enfim... acho que os sites de busca são só facilitadores, não devem ser a fonte principal.
-Nota 9.9 para o stencil ''social'' que ilustra algumas paredes da cidade
Marcadores: Jornalismo, Roger Q. Pires
A literatura é sua festa, sua música, sua dança e seus 80 anos.
domingo, 17 de junho de 2007 por Beatriz Jucá
Marcadores: Beatriz Jucá, Literatura