Comunicar 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007 por Saulo Lima Lemos
Nos dias 25, 26 e 27 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, acontecerá o Comunicar 2007, um evento que reunirá o mercado publicitário de todo o Brasil.
Durante três dias anunciantes, veículos, fornecedores, agências de publicidade, empresas de marketing e promoções, profissionais liberais e estudantes universitários debaterão o futuro da comunicação e da publicidade.
Durante três dias anunciantes, veículos, fornecedores, agências de publicidade, empresas de marketing e promoções, profissionais liberais e estudantes universitários debaterão o futuro da comunicação e da publicidade.
Um evento muito interessante, não é? Bom para quem está entrando agora nesse mundo como eu e mais outros estudantes de Publicidade e Propaganda, Marketing e até mesmo Administração.
A Programação do Evento é a mais diversa possível. Palestras sobre Marketing Digital, Workshops, Mães do Nordeste, Mídia Digital, Os Desafios da Propaganda no Brasil e muitos outros. Sua lista também inclui uma feira de Negócios e uma gincana.Dentre os palestrantes podemos destacar Maurício de Sousa, Sérgio Amado e Adriana Cury.
As inscrições estão encerradas.Em breve voltaremos com comentários sobre o Festival.
Mais informações, entre no site:
http://www.comunicar2007.com.br/index.html
http://www.comunicar2007.com.br/index.html
Marcadores: Publicidade, Saulo Lima
Vai um cordel aí?
domingo, 22 de julho de 2007 por Maria Laura
O ritual de todos os ‘meios de ano’ se repetiu mais uma vez: fomos matutos e matutas por uma noite. Tiramos a camisa quadriculada do armário e os vestidos de chita, pintamos o roto e seguimos o caminho da roça. Mas antes das festividades acabarem, que tal tentar algo diferente? Deixemos também o nosso pensamento conhecer o sertão!
Com vocês: o cordel.
Cordel de São João – Gustavo Dourado
São João arrasta-pé:
Forró, fogueira, baião...
Xote, xaxado e quadrilha...
Foguete, bomba, balão...
Caruaru-Campina Grande: São João bom é no Sertão...
[...]
No são João hoje em dia:
Tudo está muito mudado...
Tem show e festa em clube:
Se perdeu o rebolado...
Saudade do ao João:
No terreiro e no roçado...
No São João de minha infância:
Não tinha eletricidade...
A luz era à luz da lua:
Tinha estrelicidade...
Do São João de menino:
Lembro e morro de saudade!
Esta poesia popular traz, em suas entrelinhas, muito da real expressão nordestina, podendo transportar aos nossos corações a angústia de um agricultor na seca; a esperança do retirante ou, e principalmente, a alegria de ser alguém que enxerga nas próprias mãos calejadas a prova do trabalho honesto que, se muitas vezes não alimenta o corpo, tranqüiliza a alma.
Como nordestina orgulhosa que sou, admito que talvez exista no meu falar um certo tom de “apropriação”, afinal não podemos esquecer que em outras regiões do Brasil existem pessoas que também se dedicam a esta arte. É que penso que a partir do momento em que você passa a ver alguma coisa como símbolo seu, você se sente no direito de tomar posse dela, e foi em nossa terra que o cordel ganhou forma.
Com vocês: o cordel.
Cordel de São João – Gustavo Dourado
São João arrasta-pé:
Forró, fogueira, baião...
Xote, xaxado e quadrilha...
Foguete, bomba, balão...
Caruaru-Campina Grande: São João bom é no Sertão...
[...]
No são João hoje em dia:
Tudo está muito mudado...
Tem show e festa em clube:
Se perdeu o rebolado...
Saudade do ao João:
No terreiro e no roçado...
No São João de minha infância:
Não tinha eletricidade...
A luz era à luz da lua:
Tinha estrelicidade...
Do São João de menino:
Lembro e morro de saudade!
Esta poesia popular traz, em suas entrelinhas, muito da real expressão nordestina, podendo transportar aos nossos corações a angústia de um agricultor na seca; a esperança do retirante ou, e principalmente, a alegria de ser alguém que enxerga nas próprias mãos calejadas a prova do trabalho honesto que, se muitas vezes não alimenta o corpo, tranqüiliza a alma.
Como nordestina orgulhosa que sou, admito que talvez exista no meu falar um certo tom de “apropriação”, afinal não podemos esquecer que em outras regiões do Brasil existem pessoas que também se dedicam a esta arte. É que penso que a partir do momento em que você passa a ver alguma coisa como símbolo seu, você se sente no direito de tomar posse dela, e foi em nossa terra que o cordel ganhou forma.
Existe aí uma grande contradição que muitos não percebem: A literatura de cordel chegou ao Brasil e instalou-se no Nordeste, porque na época éramos ricos e abrigávamos a capital do país. Isso parece irônico quando notamos que, nos dias atuais, muitos dos cordelistas são semi-analfabetos e escrevem para mostrar o esquecimento dessa região.
“Apesar dos altos índices de analfabetismo, a popularização da literatura de cordel foi possível porque os poetas cordelistas contavam suas histórias nas feiras e praças, muitas vezes ao lado de músicos. Os folhetos eram pendurados em barbantes (daí o nome Cordel) ou amontoados no chão, despertando a atenção dos transeuntes. Cabe ressaltar que as feiras nordestinas eram verdadeiras festas para o povo do sertão, nas quais podiam, além de comprar e vender seus produtos, divertir-se e se inteirar dos assuntos políticos e sociais.”, afirma A.A de Mendonça em seu texto “A História da Literatura de Cordel”.
O fato é que o cordel não pode ser definido apenas como uma poesia narrativa impressa, pois ele é, acima de tudo, POPULAR. Então, independente de você ser um bom escritor ou não, nordestino ou não, leitor de cordéis ou não, você faz parte do povo, logo essa arte também é sua.
Então, que não apenas nessa época de São João, nós, citadinos e sertanejos, possamos colocar as nossas vidas lado a lado em um mesmo cordão: a LITERATURA DE CORDEL.
Comece agora:
Na internet
Folhetos de Cordel
http://www.ablc.com.br/publicacoes/public_cordel.htm
Academia Brasileira de Literatura de Cordel
http://www.ablc.com.br/
Manifesto a favor da literatura de cordel
http://paginas.terra.com.br/arte/cordel/ap13_manifesto.htm
Nas livrarias
Literatura de Cordel, Sebastião Vila Nova
Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel, ABLC
Vertentes & Evolução da Literatura de Cordel, Gonçalo F. da Silva
XIII Antologia Brasileira de Literatura de Cordel , ABLC 96 páginas À venda na ABLC pelo telefone (21) 2232-4801, na parte da tarde a R$10,. A promoção de 10 antologias por R$50, ainda está valendo.
“Apesar dos altos índices de analfabetismo, a popularização da literatura de cordel foi possível porque os poetas cordelistas contavam suas histórias nas feiras e praças, muitas vezes ao lado de músicos. Os folhetos eram pendurados em barbantes (daí o nome Cordel) ou amontoados no chão, despertando a atenção dos transeuntes. Cabe ressaltar que as feiras nordestinas eram verdadeiras festas para o povo do sertão, nas quais podiam, além de comprar e vender seus produtos, divertir-se e se inteirar dos assuntos políticos e sociais.”, afirma A.A de Mendonça em seu texto “A História da Literatura de Cordel”.
O fato é que o cordel não pode ser definido apenas como uma poesia narrativa impressa, pois ele é, acima de tudo, POPULAR. Então, independente de você ser um bom escritor ou não, nordestino ou não, leitor de cordéis ou não, você faz parte do povo, logo essa arte também é sua.
Então, que não apenas nessa época de São João, nós, citadinos e sertanejos, possamos colocar as nossas vidas lado a lado em um mesmo cordão: a LITERATURA DE CORDEL.
Comece agora:
Na internet
Folhetos de Cordel
http://www.ablc.com.br/publicacoes/public_cordel.htm
Academia Brasileira de Literatura de Cordel
http://www.ablc.com.br/
Manifesto a favor da literatura de cordel
http://paginas.terra.com.br/arte/cordel/ap13_manifesto.htm
Nas livrarias
Literatura de Cordel, Sebastião Vila Nova
Dicionário Brasileiro de Literatura de Cordel, ABLC
Vertentes & Evolução da Literatura de Cordel, Gonçalo F. da Silva
XIII Antologia Brasileira de Literatura de Cordel , ABLC 96 páginas À venda na ABLC pelo telefone (21) 2232-4801, na parte da tarde a R$10,. A promoção de 10 antologias por R$50, ainda está valendo.
*Texto de Sarah Coelho.
Marcadores: Literatura, Maria Laura.