Luto!
sexta-feira, 3 de agosto de 2007 por Darwin
"O cinema não é um ofício. É uma arte. Cinema não é um trabalho de equipe. O diretor está só diante de uma página em branco. Para Bergman estar só é se fazer perguntas; filmar é encontrar as respostas. Nada poderia ser mais classicamente romântico (Jean-Luc Godard, “Bergmanorama”, Cahiers du cinéma, Julho – 1958)”.
Os filmes de Bergman lidavam com questões existenciais como a morte, a fé, a solidão. Tinham uma forte carga telúrica, a Suécia era sempre representada nos seus filmes. Iniciou sua carreira no teatro, escrevendo o roteiro de “Morte de Kasper’. Em 1944 escreveu o roteiro para o filme “Hets” e fez seu primeiro filme “Kriss( Crise)” em 1945. Certa vez Woody Allen falou que Bergman era "provavelmente o maior artista cinematográfico, levando em conta o conjunto da obra, desde a invenção da câmera de cinema" .
Bergman dirigiu mais de 50 filmes, fez programas para tv, peças de teatro e uma das cenas mais famosas de todo o cinema, onde um cavaleiro joga xadrez com a morte no filme “O sétimo selo”, que é uma alegoria dos anos da peste negra medieval. Ele recebeu três Oscars na categoria de melhor filme em língua estrangeira além de outras indicações a melhor diretor, melhor roteiro e melhor filme.
"Nos lugares vazios e silenciosos do mundo, ele encontrou metáforas para iluminar os lugares silenciosos de nossos corações, e encontrou neles, também, uma estranha e terrível beleza: austera, elegante, enigmática, assombrada", afirmou o ator Jack Nicholson, que protagonizou o filme Profissão: Repórter, ao entregar a Antonioni o Oscar pelo conjunto da obra em 1996 – que foi roubado da casa de sua casa meses depois.
Antonioni veio romper com o cinema neo-realista italiano que mostrava o drama da classe operária no período pós-guerra (veja o filme Ladrões de Bicicleta de Victorio de Sica). Seus filmes se concentravam nas experiências de uma burguesia alienada, tendo feito filmes patrocinados pelo partido fascista. Formado em economia ele passou a escrever para a revista fascista Cinema, dirigida pelo filho de Mussolini, depois passou a freqüentar a escola de cinema Centro Esperimentale, onde fez vários documentários.
Algumas pessoas consideravam seus filmes muito pretensiosos e intelectuais, seria um cult forçado, outros, como Martin Scorcese o descreve como “um poeta com uma câmera na mão”. Para muitos é considerado o cineasta da modernidade, por abordar temas como a falta de comunicação e a angústia. Assim como Bergman a solidão era um tema recorrente em seus filmes.
Destacou-se no cenário cinematográfico italiano ao fazer o filme “A Aventura”, Em 1966 fez Blow up – Depois daquele beijo que foi o seu primeiro filme em inglês, e recebeu indicação ao Oscar de melhor diretor. Em 1982 sofreu um derrame e teve a fala prejudicada, mesmo assim em 1995 dirigiu o filme Além das Nuvens junto com o alemão Win Wenders. No ano seguinte recebeu o Oscar pelo conjunto da obra.
p.s Existe uma probabilidade do Cine-clube da Casa Amarela passar uma mostra com os filmes de Bergman e Antonioni, caso seja confirmado eu avisarei aqui!
Marcadores: cinema, Darwin Marinho
Entrevista: assunto?! Publicidade...
terça-feira, 31 de julho de 2007 por Anônimo
Será que isso deu certo?
Foto: Bia, Roger, Marina e Darwin após a entrevista.
Tiago Araripe, 55 anos - Diretor de Criação
Rodrigo meireles, 25 anos - Diretor de Arte
Agência LINK
Sabemos que publicidade é uma profissão contemporânea e bastante dinâmica, o que nos deixa a dúvida quanto a importância do diploma nesse ramo da comunicação. Perguntamos aos entrevistados se a formação universitária é imprescindível à profissão. Eles entraram em um consenso e nos respoderam que nessa área o "talento" é mais importante; inclusive Tiago Araripe não tem formação acadêmica. Ainda sobre a pergunta, Tiago observa que para o
jornalismo a formação universitária tem mais peso do que na publicidade devido às burocracias do mercado em cobrir as cotas de emprego para novos jornalistas e barreiras reguladoras na formação destes. O que nos faz concluir também que há maior facilidade de jornalistas tornarem-se publicitários do que o contrário.
Há uma curiosidade entre muitos em saber qual a predominância de preferências e opiniões na formação da publicidade, já que os profissionais da área estão mais aptos para discutir o trabalho. A resposta foi: Cliente manda mais, agência obedece. Principalmente no Nordeste, onde a propaganda é vista como um gasto, diferente do Sul, que é vista como um investimento.
Tivemos algumas discussões em relação ao uso de apelações nas propagandas, como a inclusão de animações ou figuras femininas e exibição de suas formas. As conclusões foram todas em volta de que mulher na praia (um lugar social e que indica diversão) de biquine não é apelativo, não tanto quanto "uma mulher de mini-saia apresentando um programa infantil". Já falando de "propagandas criativosas", Tiago e Rodrigo afirmaram que muitas nem são eficientes (vale ressaltar que muitos de nós lembramos da propaganda ao invés do produto), porém prevalece o ponto de vista do cliente.
Também nos mostramos interessados em saber o que é necessário para fazer uma publicidade. As pesquisas se concentram em preferências e tendências do mercado, público alvo, estratégia de venda e a mídia mais adequada; podendo ocorrer a exploração de mídias alternativas ("BUILD DOOR", OUTDOOR, BUSDOOR, HOT SITE, AÇÕES DE INTERNET, AÇÕES DE RUA...), servindo como complemento ou dependendo da estratégia publicitária.
Um dos integrantes do grupo de entrevistadores, Beatriz Jucá, pergunta se o publicitário perde a credibilidade quando defende dois políticos opostos em campanhas políticas (como o caso da Luiziane e do Cambraia). Tiago Araripe compara seu ofício ao dos advogados, onde ressalta que não passa de uma relação profissional.
Outra pauta em questão foi a apresentação recente do OUTDOOR: VAMO FAZER BARULHO PORRA!!! O qual foi censurado pelo CONAR (Conselho de Auto-Regulamentação Publicitária). Os entrevistados afirmam que "agressão é diferente de impacto de comunicação". A essência da comunicação está em idéias que tenham força e conteúdo suficiente para chamar a atenção e que para isso existem outras soluções criativas.
Como encerramento da nossa entrevista escolhemos o tema da poluição visual, como exemplo em São Paulo. Muitas outras cidades de diversas nacionalidades sofrem com isso. A procura por pontos estratégicos nos grandes centros urbanos faz com que suma a visão da paisagem natural.
E num é que deu certo? Mesmo com toda a inexperiência, os quatro futuros estudantes de comunicação conseguiram fazer a tal da entrevista e dela arrancaram muitas informações e curiosidades, além da visão de de publicitários já experientes de alguns temas.
Entrevista de: Roger Quentin Pires, Darwin Marinho, Beatriz Jucá e Marina
Rosas
Texto de: Sara Aragão, auxílio e apoio de Darwin Marinho e Roger Q. Pires
Marcadores: Publicidade, Sara Aragão
Perfil do Jornalista segundo Roger Pires
segunda-feira, 30 de julho de 2007 por Roger Quentin Pires
Marcadores: Jornalismo, Roger Q. Pires
Literatura de auto-ajuda
domingo, 29 de julho de 2007 por Beatriz Jucá
Revelando um objetivo predominantemente mercadológico, os livros de auto-ajuda são escritos em forma de romances ou simples aconselhamentos. Baseiam-se na elevação do ego dos leitores, embevecidos por uma suposta facilidade de compreensão do mundo.
O mais antigo exemplo dessa literatura é a Bíblia, escrita por vários autores com o intuito de oferecer às pessoas uma melhor compreensão de si e do mundo a fim de melhorar suas vidas.
Atualmente, Paulo Coelho é o escritor de maior destaque nessa sessão, contando com cerca de 65 milhões de leitores em todo o mundo. É conhecido como o escritor mago pela referência à magia e à espiritualidade em quase todas as suas obras. Seus títulos mais conhecidos são ‘Diário de um Mago’, ‘Brida’ e ‘O Alquimista’.
Os livros de auto-ajuda ainda sofrem bastante preconceito pela classe ‘intelectualmente esclarecida’ e constituem o alvo de muitas críticas devido à precariedade de argumentações e conhecimentos na maioria dos textos. Paulo Coelho, como um dos maiores escritores desse tipo de literatura, é também um dos mais criticados.
O problema não é que esses títulos atinjam um grande índice de vendas, mas que vender seja o principal objetivo. Assim, os livros de auto-ajuda acabam se tornando uma verdadeira ‘Operação Tapa Buraco’ que utiliza de um otimismo artificial com intenções puramente mercadológicas e que não resolvem problema nenhum.
Marcadores: Beatriz Jucá, Literatura