VISÕES
sábado, 15 de setembro de 2007 por Marcella
O que desejo apresentar hoje no blog é a minha visão sobre variados temas: um casamento, uma flor ou o dia a dia do trabalhador brasileiro. Meu interesse é que você leitor a partir das imagens anexadas defina uma interpretação particular sobre cada uma delas e possa a partir de hoje observar um pouco mais os detalhes que estão ao seu redor. Coloque suas percepções nos comentários certo?
O brasileiro é um batalhadaor, um vencedor.
Marcadores: Fotografia, Marcella
Sobre audiovisual...
sexta-feira, 14 de setembro de 2007 por Darwin
O discurso da novidade vem acompanhando a produção audiovisual desde os seus primórdios. Sempre que surge uma inovação nesse meio ela é acompanhada por uma retórica que por um lado tem um caráter publicitário e por um caráter profético-revolucionário (nada será igual depois desta invenção). Bem, infelizmente, quase sempre, há uma distância entre a “propaganda” e a realidade.
Quando a fotografia surgiu no século XIX muito desse discurso foi empregado, para uns ela representava o fim da pintura, uma máquina entrava no processo de representação da imagem, e diferente das outras (câmera escura, por exemplo) conseguia desenhar essa imagem sobre um suporte. E então, apertar um botão é arte? Charles Baudelaire fez um discurso efusivo contra a fotografia em seu texto Salon de 1859 – “A poesia e o progresso são dois ambiciosos que se odeiam de um ódio instintivo, e quando se encontram no mesmo caminho é preciso que um dos dois sirva o outro”. – Será que existe mesmo uma distância entre a arte e a tecnologia?
O que dizer do cinema, uma máquina que não apenas cuida da representação como também do modo de olhar. O que você consegue ver sem a máquina cinematográfica? Por outro lado o cinema cria um ambiente para o filme que insere o espectador em outra realidade, todo o ritual que acompanha ver um filme no cinema contribui para isso, fazendo surgir assim um novo conceito de arte, se a fotografia “afasta” a reprodução imagética da arte o cinema traz de volta.
Mas então surge a TV. E agora? A tv seria a imagem real, a inovação da tv é a transmissão que pode ser vista em qualquer lugar por quem quiser ver. Mas a tv transforma o espectador em um mero alvo, um ponto na taxa de audiência. E depois da TV vem a imagem informática! Agora não existe representação. A imagem é criada por um programa de computador e não existe fora dele. Qual seria a representação “real” de uma infogravura? A corrente elétrica percorrendo os circuitos do computador? Agora existe uma outra realidade, a maquinização chega ao seu estágio supremo consumindo todo o processo de criação, representação e visualização.
Agora que o texto chega ao fim... O que era mesmo que eu queria dizer no começo? Não sei direito, mas a partir de agora questões sobre o audiovisual em si serão tratadas aqui, esse texto seria uma “introdução” a essas questões que precisam ser discutidas até seu esgotamento. E então o que vocês acham dessa evolução da máquina como forma de representar a imagem? O que virá depois do second life e essa “revolução” informática?
Leia mais em:
Vídeo Cinema Godard – Felipe Dubois
Marcadores: cinema, Darwin Marinho
Garotos-Propaganda
terça-feira, 11 de setembro de 2007 por Saulo Lima Lemos
Você sabe o que Homer Simpsom, Camila Pitanga, Íris Stefaneli e até mesmo o Shrek têm em comum? Todos estes, por serem (ou foram) personalidades “populares e carismáticas”, e estarem na moda, são usados como garotos-propaganda de muitas marcas do mercado.
Camila Pitanga já fez trabalhos para marca de sandálias, tinturas para cabelo e uma campanha contra a sífilis. Muitos de seus trabalhos atuais, são por causa de sua personagem Bebel, que, por cair no gosto do público, usam sua imagem a fim de vender mais produtos. O famosíssimo Homer Simpsom é outro que está no seu auge, tanto por ser uma figura de sucesso, quanto por “seu” filme, recentemente estreado. Podemos ver sua imagem em uma propaganda de uma rede de lanchonetes famosíssima e também em uma marca de TV a cabo. Já Shrek, outro personagem adorado pelas pessoas, já teve suas características adicionadas à mesma marca de fast-food. Até mesmo a Íris, em seus 15 minutos de fama, foi alvo de várias empresas para que estrelasse suas propagandas.
Como temos visto nas últimas postagens por parte da publicidade neste Blog, as agências estão cada vez mais sem opção de como e onde fazer seus trabalhos, já que, por conta das várias proibições, seu espaço está cada vez menor. Então, é preciso que elas tenha inúmeros “Planos B” para escapar desta cilada.
Por isso as empresas estão cada vez mais espertas. Além de vários outros artifícios, elas usam em suas campanhas os “queridinhos” do público a fim de conseguir alavancar suas vendas. E funciona mesmo. Conheço inúmeras pessoas que compraram produtos só porque o garoto-propaganda é alguém que está na moda.
Os publicitários, atualmente, têm muito mais coisas para se preocuparem, a começar pelas maneiras de se vender o produto. Tem que ser algo chamativo e que fará sucesso. Algo badalado, que o público goste, tal qual seus garotos-propaganda.
Marcadores: Publicidade, Saulo Lima
A Imparcialidade no Jornalismo não existe !
segunda-feira, 10 de setembro de 2007 por Roger Quentin Pires
Marcadores: Jornalismo, Roger Q. Pires
Literatura Infantil
domingo, 9 de setembro de 2007 por Beatriz Jucá
A lembrança da primeira vez em que tentei descrever a poesia que o hábito da leitura trazia à minha vida vem carregada de um tanto de frustração. Eu vivia os meus 10 anos e participava de uma promoção chamada “Ler é um grande barato, por quê?”. Boa pergunta. Como alguém que só tinha lido livros para crianças poderia responder a esse questionamento?
O fato é que a procura por esta resposta rendeu-me tardes inteiras de raiva do Lobato e seu faz-de-conta. Mas em uma dessas, é que percebi que era exatamente a possibilidade de sentir aquela raiva que tornava a minha leitura prazerosa. As minhas vivências no “sítio do pica-pau amarelo” e o relacionamento estabelecido por mim com seus personagens eram reais, palpáveis e distintas da das crianças que outrora possam ter lido aquelas mesmas linhas. Eram minhas. E eu tinha algo a dizer sobre elas.
Fiz o texto e estava confiante, mas papai esqueceu-se de colocá-lo no correio e por isso não ganhei a promoção.
Hoje, anos depois, venho falar a vocês não da impossibilidade de ter concorrido aquele prêmio, mas do instrumento que naquele instante tornou-me capaz de descobrir a validade de mergulhar nas histórias e ensinamentos trazidos pela leitura: A literatura infantil.
A designação infantil faz com que esta modalidade da literatura seja considerada ‘menor’ por alguns, infelizmente. Mas para quem estuda o desenvolvimento da criança é clara a função pedagógica e didática que, exatamente por reconhecer a criança como um ser diferente do adulto, com necessidades próprias, a Literatura Infantil tem.
“Nos contos de fadas, por exemplo, o maniqueísmo que divide as personagens em boas ou más, belas ou feias, poderosas ou fracas, etc. facilita à criança a compreensão de certos valores básicos da conduta humana ou convívio social”.
Esse caráter de ensino também é encontrado nas fábulas, que têm por objetivo transmitir moralidade, onde o ‘certo’ deve ser copiado e o ‘errado’ evitado.
Os livros infantis também estimulam a criatividade, tão bem representada pelo fantástico. Oferecer às crianças a possibilidade de “imaginar” coisas diferentes das que lhe são impostas é algo importantíssimo! A coleção de contos árabes “As Mil e Uma Noites” ilustra tudo isso.
“A história conta que, durante três anos, moças eram sacrificadas pelo rei, até que já não havia mais virgens no reino, e o vizir não sabia mais o que fazer para atender o desejo do rei. Foi quando uma de suas filhas, Sherazade, pediu-lhe que a levasse como noiva do rei, pois sabia um estratagema para escapar ao triste fim que a esperava. A princesa, após ser possuída pelo rei, começa a contar a extraordinária ‘História do Mercador e do Efrit’, mas, antes que a manhã rompesse, ela parava seu relato, deixando um clima de suspense, só dando continuidade à narrativa na manhã seguinte. Assim, Sherazade conseguiu sobreviver, graças à sua palavra sábia e à curiosidade do rei. Ao fim desse tempo, ela já havia tido três filhos e, na milésima primeira noite, pede ao rei que a poupe, por amor às crianças. O rei finalmente responde que lhe perdoaria, sobretudo pela dignidade de Sherazade. Fica então a metáfora traduzida por Sherazade: a liberdade se conquista com o exercício da criatividade.”
E, por fim, devemos ressaltar que a Literatura Infantil inicia o homem no mundo literário, sendo utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo.
É isso. Espero que de agora em diante novos olhares possam ser lançados a Monteiro Lobato e seu sítio; Irmãos Grimm e sua chapezinho; Enid Blyton e seus pequenos detetives; Hans Christian Andersen e seu patinho; ou Ziraldo e seu menino maluco.
Marcadores: Literatura, Sarah Coelho