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Antigas fotografias de família

sábado, 16 de junho de 2007 por Gisa Carvalho

 


A fotografia acima é uma tradicional foto de família. Quem nunca viu uma foto assim: pai e mãe sentados lado a lado, junto com muitos filhos vestindo suas melhores roupas?

Essa imagem é muito comum, mas ela pode ter diversos significados. A partir dela podemos, por exemplo, analisar a estrutura familiar. Antigamente, os casais tinham muitos filhos, diferente do que acontece hoje, quando as famílias têm dois filhos, normalmente. Sem falar que os casais estão sumindo...

Podemos ver também, o quanto era incomodo fotografar. Demorava-se muito tempo para fazer uma foto e as crianças ficavam impacientes e desanimadas. Hoje em dia, ainda é difícil deixar uma criança quieta para uma foto, imaginem naquela época...

O ambiente nos apresenta uma paisagem rural e as vestimentas nos sugerem que, essa, pode ser uma família de fazendeiros.

Enfim, por meio de uma fotografia podemos fazer uma serie de interpretações. Aqui, foram umas pequenas observações minhas. Façam as suas nos comentários!

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Chanchadas

sexta-feira, 15 de junho de 2007 por Darwin

 

Texto de Herbenya Alves









De todos os gêneros cinematográficos brasileiros, o que mais se destacou foi a Chanchada. Na época, as chanchadas foram bastante criticadas pela mídia e por intelectuais, pois eram tidas como superficiais e alienadas. Realmente, muitas vezes, o roteiro era um tanto pobre e ingênuo, mas suas tramas eram bem divertidas. O cinema americano era constantemente parodiado e tais paródias lançaram artistas inesquecíveis como: Oscarito, Grande Otelo, Eliana. Ankito. Dercy Gonçalves. Zé Trindade. Zeze Macedo, José Lewgoy, Violeta Ferraz, Cyl Farney, Fada Santoro, e o inesgotável Wilson Grey. entre tantos outros.
As chanchadas possuíam um apelo popular bem característico e o que, inicialmente, centrava-se no Rio de Janeiro, logo fez surgir um novo pólo em São Paulo. É importante lembrar que o sucesso desse gênero deveu-se também graças ao rádio que, nesse momento, substituía a televisão. Ele acabava sendo um dos únicos meios de comunicação capazes de trazer entretenimento ao público que não tinha acesso aos cassinos. Assim, filmes quem apresentassem os cantores iriam atrair todas as atenções em todo o país, já que finalmente o público poderia conhecer a fisionomia de seus ídolos.
Apesar das produções serem feitas a partir da caricatura e trejeitos norte-americanos, eram adicionados temas do cotidiano nacional, como as anedotas tipicamente cariocas e o jeito malandro de falar e se comportar do brasileiro. O resultado obtido eram produções genuinamente brasileiras, que foram capazes de lotar as salas de cinema por um longo período.
Inúmeros fatores, entre eles: o Cinema Novo, acabaram levando ao esgotamento das chanchadas. Estas, apesar de todas as críticas, levou à auto sustentação cinematográfica brasileira por quase dez anos.

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O grande santo demoníaco do nosso teatro: Nelson Rodrigues

quinta-feira, 14 de junho de 2007 por Dan

 


Há alguns dias me veio uma inevitável vontade de escrever sobre o maior gênio do teatro brasileiro: Nelson Rodrigues. Não tive dúvidas com a notícia de que duas peças do autor seriam apresentadas esse mês, que seria tema de debate do projeto Pausa Dramática e tema principal da revista BRAVO! da última edição. E não temam o tamanho, pois a vida e o teatro desse homem são deslumbrantes!



Um breve [nem tanto] resumo:
Muitos achariam que Nelson é um pervertido, louco, tarado, revolucionário, exagerado e uma série de adjetivos do gênero. Mas basta citar pequenos acontecimentos de sua vida, misturados com uma incrível sensibilidade, e qualquer um entenderia. As senhoras fofoqueiras, os maridos traídos, as viúvas não-sentidas e mais uma série de casos muitos presentes em suas peças e em suas crônicas, nada mais eram do que retratos de uma vizinhança suburbana muito presente na sua infância. E desde cedo mostrou uma paixão [obsessão, diria] pelas histórias de amor e morte, como uma relação intrínseca. Aos oito anos de idade Nelson escrevera para o colégio, como tarefa de classe, uma redação que contava a história de um homem que ao entrar em casa via sua mulher nua na cama e um vulto de homem fugir pela janela; o marido traído esfaqueia a mulher e depois se ajoelha ao lado do corpo ensangüentado e perde perdão. A professora ao ler a redação quase deixa os óculos caírem e olha Nelson como se nunca o tivesse visto antes. Então ela mostra para outras professoras e logo a porta da sala era um emaranhado de senhoras olhando para Nelson. Percebe-se, então, a obsessão aliada a um gênio de grande percepção desde os oito anos de idade. Um fato marcante e determinante em sua vida foi a morte trágica de seu irmão Roberto Rodrigues. O mais bonito dos quatorze filhos, cursando a Escola de Belas Ates e ilustrador de “Crítica” (o segundo jornal de seu pai). Roberto foi baleado na sala da diretoria do jornal com um tiro no abdômen. O disparo veio das mãos de Sylvia Seraphim, que chegou naquele dia para matar Mário Rodrigues ou seu filho, e assim o fez. Ela fora tema capa daquele dia: com a separação do marido e acusada de adultério. Sua ira, guardada para Mário, fora descarregada com uma bala em Roberto, que não resistiu e morreu alguns dias depois. Aos dezessetes anos, Nelson presenciara a primeira cena violenta de sua vida. E a morte do irmão causou, não só nele, mas em toda família, um grande impacto. Seu pai morrera três meses depois de desgosto pela morte do filho, sempre dizendo “Era para ter sido eu, e não ele”.

Em1916, aos três anos de idade, Nelson viera de Recife com a família morar na então capital do Brasil: Rio de Janeiro. Naquela época o Rio era uma cidade com 2 milhões de habitantes e era aonde as coisas aconteciam. Seu pai, Mário Rodrigues, foi um dos maiores jornalistas na década de 20: um homem valente, sem papas na língua e audacioso. A literatura direta e simples de Nelson traria esses aspectos jornalísticos dessa forte influencia paterna, afinal crescera nas redações dos jornais de seu pai, e os jornais naquela época eram os locais de encontros dos intelectuais. Aos 13 anos começara a trabalhar na redação de “A Manhã”, jornal de seu pai. E a profissão seria levada assim: a literatura e o jornal. Se bem que nem tão separadamente, já que Nelson não considerava essas distinções e aliava uma à outra.

“Nelson é resultado da sucessão de revezes que marcou sua vida pessoal e do jornalismo que praticou desde cedo.” Como assim sugerem na edição desse mês da revista BRAVO!. Todas essas bagagens o incluíram entre os pensadores da década de 30 que achavam importante decifrar o país, junto com Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Hollanda e Caio Prado Júnior. Mas nessa carreata intelectual, o carro de Nelson era a motor, com muita fumaça e em alta velocidade. Ele buscou o Brasil Profundo nos subúrbios cariocas, muito urbano e mostrando uma classe média sem pompons e sapatinhos de cristal. Mostrou e inovou em suas histórias e formatos, tornando-se, não só na minha, mas na opinião de muitos, o maior cronista da historia do nosso país.

No Teatro.

"Nelson Rodrigues representava para o palco o que trouxeram Villa Lobos para a música, Portinari para a pintura, Niemeyer para a arquitetura e Carlos Drummond de Andrade para a poesia". Sabato Magaldi


O Anjo Pornográfico, como chama Ruy Castro em seu livro sobre a vida do autor, foi quem revolucionou o teatro moderno no Brasil, mexendo com toda estrutura dramatúrgica da época. Tratando de paixões exacerbadas e gestos exagerados, obsessões, taras, incestos e conflitos, Nelson pode ser considerado o primeiro dramaturgo brasileiro a levar o inconsciente das personagens para o palco. Escrevera 17 peças ao longo de sua vida, que inovaram no estilo, na estética e na abordagem de temas polêmicos. Na estréia da peça Vestido de Noiva, em 1943, no Teatro Municipal no Rio de Janeiro, Nelson foi aplaudido, mesmo que inicialmente com receio, por vários minutos, sendo consagrado pelos intelectuais da época como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade.


"Minhas peças têm um moralismo agressivo. Nos meus textos, o desejo é triste, a volúpia é trágica e o crime é o próprio inferno". Nelson Rodrigues

Trouxe, pela primeira vez no teatro brasileiro, a técnica do flashback. Colocou em cena os pensamentos das personagens, com grande profundidade psicológica, criando assim o seu Teatro Psicológico, onde as personagens estão sempre no limite entre a razão e a loucura. As Peças Psicológicas representam um meio termo na obra de Nelson Rodrigues: nem tão complexas quanto as míticas, nem tão realistas quanto às futuras tragédias cariocas.


"A partir de Álbum de Família - drama que se seguiu a Vestido de Noiva - enveredei por um caminho que pode me levar a qualquer destino, menos ao êxito. Que caminho será este? Respondo: de um teatro que se poderia chamar assim - 'desagradável'. Numa palavra, estou fazendo um 'teatro desagradável', 'peças desagradáveis'. No gênero destas, incluí, desde logo, Álbum de Família, Anjo Negro e a recente Senhora dos Afogados. E porque 'peças desagradáveis'? Segundo já disse, porque são obras pestilentas, fétidas, capazes por si sós, de produzir o tifo e a malária na platéia". Nelson Rodrigues

O tratamento denso dado às peças Psicológicas acabou conduzindo o dramaturgo ao universo mágico de suas peças míticas. Nesta intrincada fase de sua dramaturgia, Nelson cria histórias atemporais e cheias de significados míticos, com uma narrativa complexa e as personagens desprovidas de qualquer espécie de censura. Incestos, racismo, taras, paixões, belezas proibidas e preconceitos fazem o texto de Nelson Rodrigues ficar ainda mais polêmico. As peças míticas revelam mitos e arquétipos surpreendentes ao espectador leigo, provocando desconforto na platéia e na crítica, que na época recriminou muito essa fase do autor. Mas foi essa fase que anos depois levaria o autor ao patamar de maior dramaturgo do país.


"Minhas peças são obras morais. Deviam ser adotadas na escola primária e nos seminários". Nelson Rodrigues

Por conta da censura militar no seu Teatro Místico, Nelson começou a escrever peças que aproximavam o teatro da realidade cotidiana. Personagens comuns, banais, retrato exato de algum conhecido nosso. Gírias, frases interrompidas, futebol, malandragem e muitas gargalhas passam a fazer parte do teatro rodrigueano nesta fase chamada de Tragédias Cariocas. Foi a ascensão de Nelson: muitas montagens eram feitas, o autor enriqueceu e pela primeira vez estava escrevendo textos com tons de comédia. Com humor e piadas, Nelson continuou tratando daquilo que sempre guiou o seu teatro: a condição trágica de todo o ser humano.


Mostrou, em toda sua vida como dramaturgo, uma imensa versatilidade e inovação. E por falar em Nelson Rodrigues no teatro, devo convidá-los para o Pausa Dramática e para a peça Toda Nudez Será Castigada.

Pausa Dramática:

Dias 19 e 20 às 19 horas, no Auditório do Dragão do Mar. Grátis. Censura: 16 anos.

Considerado um grande autor teatral, Nelson Rodrigues é também cronista memorialista e romancista. Sua obra insiste em desbravar regiões ocultas e desconcertantes da alma humana. Faleceu em 1980, mas seus textos continuam a provocar o público.

  • Dia 19 - Adaptações de contos da obra A Vida Como Ela É com o Grupo 3X4 de Teatro. Em seguida conversa com o diretor teatral Thiago Arrais.
  • Dia 20 - Adaptações de Valsa Nº 6 e Toda Nudez Será Castigada com o Grupo Cabauêba. Em seguida conversa com a diretora teatral Herê Aquino.


Toda Nudez Será Castigada:

Dias 21, 22 e 23 de junho às 21h no Teatro José de Alencar. Entrada: R$20,00/ 10,00 (torrinha); R$30,00/ 15,00 demais lugares. Montagem da Cia. Armazém de Teatro (RJ). Um grande sucesso de Nelson com um dos melhores grupos do país. Prêmio Eletrobras de Teatro 2006 (melhor iluminação, melhor cenografia e melhor figurino) e indicada a Melhor espetáculo e Melhor Direção. Ou seja, um deslumbre aos olhos e imperdível!




Fontes de Pesquisa:

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"E tropeçou no céu como se ouvisse música"

quarta-feira, 13 de junho de 2007 por Darwin

 


A música tem a capacidade de nos transportar para um plano mais elevado, por serem carregadas de sentimentos nos levam a experimentar as mais diferentes sensações. Veja o trecho de “Certas canções” de Milton Nascimento:

“(...) Certa emoção me alcança
Corta-me a alma sem dor
Certas canções me chegam
Como se fosse o amor (...)”

A música pode ser vista como forma de catarse, em “Minha voz minha vida” Caetano usa a expressão, “seu calor escraviza, mas é a única libertação”.
Em “A Banda”, de Chico Buarque, o trecho “a minha gente sofrida despediu-se da dor pra ver a banda cantando coisas de amor” mostra a capacidade da música de nos afastar dos problemas, é como se a música pudesse servir de consolo depois de uma grande dor. “A Banda” é uma crônica que mostra como a passagem de uma banda em uma rua tediosa liberta as pessoas de suas vidas tacanhas pelo menos por alguns minutos. Isso se repete em outras músicas do Chico, em “Olê, Olá” ele pede para “a amiga” não chorar enquanto ainda tem samba no fim da música o samba acaba e diz “e agora minha amiga já pode chorar”; em Tem Mais Samba, “Que o bom samba não tem lugar nem hora, O coração de fora Samba sem querer, Vem que passa Teu sofrer” Essas músicas dialogam diretamente com quem está ouvindo fazendo um convite para o samba, o que também acontece em uma do Roberto Carlos onde ele fala “Não quero ver você tão triste assim” e também em “Nossa Canção” que ilustra perfeitamente o abandono, é uma canção de despedida, triste, mas no fim dá uma certa esperança, é muito fácil se imaginar na situação contada através dessa letra, já que quase todo mundo deve ter passado por algo parecido.

Caetano e Vinicius de Moraes falam da tristeza como o ingrediente essencial para fazer uma canção em Desde que o Samba é Samba do Caê, “A tristeza é senhora, desde que o samba é samba é assim” e em Samba da Benção do Vinicius, “mas pra fazer um samba com beleza é preciso de um bocado de tristeza...” E Marisa Monte mostra uma das faces da música com que mais me identifico a nostalgia, a canção “Esta melodia” ilustra muito bem isso. Por ser cheia de emoções, verdadeiras ou fingidas, a música nos transporta para um mundo criado pelo compositor, nos fazendo mergulhar em seus sentimentos. Agora me lembrei de uma cena do filme Amadeus, eu sei que essa não é a coluna de cinema mas preciso contar, um dos personagens do filme, Salieri, diz que ouvir a música de Mozart era como ouvir a própria voz de Deus, isso é uma tentativa de mostrar o caráter divino da música.

Triste, alegre, nostálgica, melancólica, divina, pagã, seja como for só não deixe de ouvi-la, e não subestime o poder de uma boa música.

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O que fazer em Publicidade e Propaganda???

terça-feira, 12 de junho de 2007 por Saulo Lima Lemos

 

Publicidade e Propaganda

Dê uma olhada neste vídeos. Garanto-lhe que não vai tomar muito de seu tempo.
http://www.youtube.com/watch?v=wpYlxORZmxY

Depois desse vídeo, você deve estar pensando “Nossa!!! Criatividade é tudo nessa área.”, não é?! Se pensou nisso, saiba que está bastante equivocado. É certo que trabalhos criativos impressionam e tal, mas Publicidade e propaganda não é apenas criar campanhas bacanas ou ser muito persuasivo. Tem muita coisa por trás disso também.

Não pense que se você não é muito criativo, está perdido nesse ramo. Não! Você pode fazer muitas outras coisas nas agências. Além da parte da criação (desenvolve as campanhas publicitárias) você pode trabalhar em:

Atendimento – serve de ligação entre a agencia de publicidade e o cliente para levantar dados que guiarão a campanha de divulgação de um produto ou empresa;
Gerência de Produto – administra as ações de publicidade e de promoção de vendas de um produto;
Marketing – planeja estratégias de vendas estudando desde a campanha até o mercado, sua evolução e possibilidades;
Mídia – escolhe os veículos de comunicação mais adequados para a campanha;
Pesquisa – obtém dados sobre os consumidores e avalia o impacto que a campanha fará sobre o público;
Produção – executa comerciais, anúncios e jingles nos meios de comunicação;
Promoção de vendas – elabora estratégias de vendas, desenvolve campanhas de diversos tipos de produtos;
Entre outros.

O mercado, atualmente, está muito, digamos assim, “aquecido”, porque as empresas se preocupam cada vez mais com a imagem de seus produtos e serviços prestados, buscando consolidar sua marca. Para atender a demanda, os especialistas em Marketing e promoção de vendas encontram vagas em setores que estão crescendo muitos, como por exemplo, em indústrias, ONGs e companhias ligadas ao campo de beleza e estética.

As agências de publicidade oferecem, sim, boas perspectivas para quem trabalha na are de criação, atendimento e mídia, entretanto também há grandes chances para pessoas interessadas nas área de merchandising, comunicação dirigida e assessoria de imprensa.

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"Você aperta o botão, nós fazemos o resto" - A Popularização da fotografia.

domingo, 10 de junho de 2007 por João Marcos (tomate)

 


*A Coluna de Fotografia está sendo postada excepcionalmente neste domingo, mas na próxima semana voltará a ser postada aos sábados.

Pode parecer exagero a afirmação de que fotografar se resume a saber apertar um botão. Mas, atualmente, vemos que não é mais necessário ter um conhecimento elevado das técnicas fotográficas para registrar uma boa imagem. As inovações tecnológicas deram essa “facilidade” aos leigos.
A popularização da fotografia deve-se inicialmente às idéias do norte-americano George Eastman. Ele eliminou muitos custos e dificuldades dos fotógrafos ao lançar a câmera Kodak em 1888. Se antes fotografar significava carregar quilos e quilos de equipamentos e perder bastante tempo com o processo de revelação do filme (feito sempre pelo próprio fotógrafo), após Eastman isso foi resolvido de acordo com o slogan da Kodak: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto.”
O processo era bastante vantajoso: a pessoa fotografava, levava a câmera para a companhia de Eastman, onde o filme era revelado, e recebia de volta a câmera recarregada com um filme para mais 100 fotos. Eastman foi além, ao lançar a famosa Brownie (câmera miniatura de baixo custo) dando outro passo para a completa popularização da fotografia.
O mundo caminha e com a tecnologia digital, a revolução mais recente, chegamos a uma nova etapa no rumo da massificação da fotografia. A cada dia surgem no mercado modelos mais econômicos e de diversos tipos: celulares com câmera são um grande exemplo. Há, no entanto, uma divisão de opiniões. Os que defendem essa tecnologia destacam vantagens: refotografar no mesmo instante, caso o resultado seja insatisfatório; armazenar grande quantidade de fotos; enviar imagens via internet (aliada importante do fotojornalismo), além da alta qualidade da imagem que ela permite.
Por outro lado, fala-se em banalização e empobrecimento da arte de fotografar. Antes havia a preocupação do fotógrafo de só gastar filme após grande esforço e talento para ajustar a máquina no momento da foto. Com a digital, isso pode ser deixado de lado, já que as possibilidades de melhorar as imagens no computador são quase infinitas.
Essa popularização, contudo, deve ser encarada como algo democrático. Ela dá a chance aos amadores de demonstrarem talento de diversas formas: seja captando flagrantes (ataque ao WTC, por exemplo) ou eternizando momentos em família, sem necessidade de conhecimentos profissionais. Isso não significa, porém, que qualquer um possa chegar tão fácil ao nível de um Sebastião Salgado ou um Henri Cartier-Bresson.

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A SOFIA* EM CADA UM DE NÓS

por Marcella

 



A Literatura tem o objetivo de aperfeiçoar a sabedoria, e os livros são as principais ferramentas para a transmissão do conhecimento, independendetemente do conteúdo.

A Filosofia é a ciência que busca a verdadeira sabedoria, mas é pouco valorizada pois criou-se o pré-conceito de que, por não ser um a ciência prática não tem muita utilidade, porém a ciência filosófica é a precurssora de todas as ciência existentes, inclusive a Física e a Matemática, sabia?

Pensando no abismo que há entre a Filosofia e a sociedade, vários filósofos utilizaram um tipo de literatura popular para expôr suas teorias: o romance.

O romance filosófico possui a mesma estrutura de um romance comum, daqueles escritos por José de Alencar, Machado de Assis, dentre outros; mas difere-se no tema, que nesse caso é a Filosofia. Hermann Hesse iniciou esse tipo de Literatura com o romance filosófico "SIDDHARTA" em 1922. O jovem Brahim, não satisfeito com o que aprende com os Mestres da Índia Antiga, decide buscar a Verdade sozinho. Nesse livro Hermann Hesse questiona "O que é Deus, quem é Deus?" . Interessantíssimo para quem está realizando essa busca. Esse livro, devido o enredo no qual as reflexões filosóficas foram inseridas, agradou ao público que, normalmente não buscaria livros de teor filosófico para ler.

Na atualidade, o romance filosófico de Jardier Gaarden chamou a atenção de pessoas no mundo inteiro. O Mundo de Sofia tem todos os requisitos de um romance emocionante, com muito suspense e aventura, mas, de uma forma sutil conta-nos a história da Filosofia, desde a Grécia Antiga até a contemporaneidade. Sofia, próxima de completar seus 15 anos começa a receber cartas anônimas com questionamentos sobre o mundo e sobre ela mesma, e a partir daí se desenrola um emaranhado de histórias superinteressantes, vale a pena dar uma conferida.

A Literatura tem muitas faces, e é nesse ponto que se iguala à Filosofia; ambas procuram estimular a busca pelo pleno conhecimento, mas ainda estão pouco presentes na vida da maioria das pessoas. Abaixo, estão nomes de livros de grandes romancistas filosóficos, para que a leitura seja um hábito, e a busca pelo conhecimento interior e exterior seja uma constante nessa caminhada tão misteriosa que é a vida.


*Sofia em grego, quer dizer sabedoria.

  • Siddharta - Hermann Hesse - 1922
  • A Montanha Mágica - Thomas Mann - 1924
  • A Náusea - Sartre - 1938
  • O Estrangeiro - Albert Camus - 1940
  • O Mundo de Sofia - Jardier Gaarden - 1° edição 1991

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Um blog mantido por estudantes de Comunicação da Universidade Federal do Ceará. O tema do blog é a comunicação em si. Uma abordagem informal sobre as principais formas de comunicação social.

 

 

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