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*Texto de
Herbenya AlvesVocê se lembra da primeira vez que foi ao cinema? Pois é...entrar numa sala de cinema é como ultrapassar um portal que nos leva a um outro mundo. Através dos filmes, temos a oportunidade de conhecer um pouco sobre costumes e muitas curiosidades de outros lugares. Hoje, já não é tão espantosa essa tecnologia; mas, nas primeiras exibições cinematográficas, as apresentações cinematográficas eram consideradas um espetáculo imperdível! Jornais registravam o assombro das pessoas provocado pelas imagens em movimento.
Aqui, no Brasil, a primeira sessão cinematográfica foi realizada em 1896, na Rua do Ouvidor, Rio de Janeiro. Devido à escassez de energia elétrica, as exibições eram bem limitadas. A partir da década de 50, uma nova estética nacional começou a surgir. Nesse mesmo momento, a televisão passou a fazer parte da vida de muitas pessoas e, por algum tempo, acreditou-se que isso seria causa da decadência desse espetáculo, pois ela transmitia uma visão mais voltada para a realidade. Grande engano! O cinema sobreviveu à televisão, assim como a fotografia sobreviveu a ele.
O cinema brasileiro passou por três fases que foram sofrendo mudanças de acordo com o cenário sócio, político e econômico do País. Na primeira fase, os filmes tinham suas temáticas voltadas ao cotidiano e à mitologia do nordeste brasileiro, com os trabalhadores rurais e as misérias da região. A marginalização econômica, a fome, a violência, a opressão e a alienação religiosa também foram temas abordados. A segunda fase tinha um novo propósito. Dessa vez, os cientistas analisavam os equívocos da política desenvolvimentista e principalmente da ditadura militar. O Cinema Novo evoluiu para formas alegóricas como uma saída para contornar a censura do Regime Militar. Os filmes também faziam uma reflexão sobre os novos rumos da história nacional. A terceira e última fase foi influenciada pelo Tropicalismo que levava suas atitudes às últimas conseqüências e extravasou por meio do cenário exótico brasileiro. A repressão política foi responsável pelo fim do movimento. Alguns de seus cineastas tiveram de se exilar e grande parte das produções foram fracassos comerciais. Com início de uma abertura política, anos 80, percebe-se um favorecimento para a discussão de temas proibidos anteriormente. A retração do público interno e a atribuição de prêmios estrangeiros fizeram surgir uma produção através de um programa de incentivo à indústria Cinematográfica instituído pelo Ministério da Cultura. Aos poucos, reapareceram novas produções.
Muito de nossa história cinematográfica se perdeu, pois alguns filmes não existem mais. Estes podem apenas serem comentados. Durante o evoluir, nossos filmes foram fundindo estilos bem diversificados e nossos produtores foram bastante influenciados por seus mestres. Atualmente, possuímos grandes produções. Entre polêmicas e temas ousados, o cinema brasileiro apresenta boas produções contemporâneas. Isso mostra que a classe cinematográfica abriu espaço para que as pessoas possam refletir um pouco sobre a realidade.
Em relação à nossa produção local, há poucos registros sobre quem ousou realizar os primeiros filmes, já que muitas das fontes primárias se perderam no incêndio da Biblioteca Pública do Estado do Ceará. Sabe-se, no entanto, que o pioneiro no ramo da produção documental foi Adhemar Bezerra de Albuquerque, futuro criador da Aba Film. Ele cobriu documentários sobre Fortaleza e também levantou temas sobre o interior do Estado, filmando eventos no campo político, econômico, social e até religioso. Hoje, percebemos o crescimento do cinema cearense que vem ganhando espaço no Brasil e é reconhecido também no exterior.
Para quem gosta de cinema, começa hoje o 17ºCine Ceará. Este é considerado o terceiro maior festival de cinema do Brasil. O festival apresenta documentários e curtas-metragens nacionais e internacionais. Maiores informações no site:
http://www.cineceara.com.br/home.html
Nota super especial: Há exatamente 40 anos o álbum que revolucionaria a música pop foi lançado. Sgt Peper's Lonely Hearts Club Band mudou a história dos Beatles e influenciou a vida de muita gente que não era nem nascida em 1967(a minha, a sua...). Vale a pena pesquisar um pouco sobre esse álbum, ouvir as músicas e provar de expeciências extra-sensoriais. afinal não só a música mas esse álbum influenciou obras literárias, filmes, peças... da capa a última música é tudo perfeito, ouça e saiba por que.
Marcadores: cinema, Herbenya
Escritor por Darwin,
sexta-feira, 1 de junho de 2007.
Deixe aqui a sua opnião.
sexta-feira, 01 junho, 2007
Herbenya, achei o texto bem didático, informativo, uma aula sobre cinema brasileiro, eu sei que é apenas um introdução do que você vai mostrar aí, parabéns pela estréia!
sexta-feira, 01 junho, 2007
Realmente ,Darwin, foi uma
mini-aula sobre cinema no Brasil.
Adorei!
Caramba , nunca tinha parado pa pensar na origem do cinema no Brasil...
Sobre a produção cearense, apoio mt! Sou mt Bairrista nesse ponto cultural.
CINE CEARÁ?!
TÔ LÁ!!
sexta-feira, 01 junho, 2007
mini-aula?? mini curso!
hehehehe
mto bom herbenya! dá pra perceber que vc pesquisou bastante pra nos passar essa informações!
vc juntamente com o darwin vão dar aulas semanalmente!
cine ceará!! td mundo deveria ir prestigiar, ñ só pq é daqui, msa pq é bom msm!
sgt peppers mto bom!!! esse blog ñ poderia deixar passar esse fato histórico importante que revolucionou a arte, e consequentemente a comunição!
sábado, 02 junho, 2007
adorei essa aula sobre cinema!!!!
nunk tinha parado pra pensar sobre isso...
eh mt interessante e vc contou a historia com uma leveza, que da prazer em ler!!
domingo, 03 junho, 2007
Parabéns pela dedicação ...
Prossiga ... espero novos textos ...
Até mais ...
domingo, 03 junho, 2007
Herbenyyyya! Bem-vinda ao blog!
Ai aiii.. ow coisa boa é cinema, que bom que essa sétima arte veio p ficar né?!
A primeira vez que fui ao cinema foi no cine São Luís, assistir "a bela e a fera", foi mágico mesmo!
Sucesso p vc e p gente!
Bjoooo #)
quarta-feira, 13 junho, 2007
Bem, em primeiro lugar é preciso eu me desculpar pela minha pequena demora de quase 3 semanas no comentário do texto.
Mas, dando continuidade... Eu acho muito arriscado falar de temas muitos abrangentes, como a história do cinema em apenas algumas linhas. Senti no texto algumas falhas que sinto às vezes ao escrever, que é a superficialidade que se dá por conta de retratar algo pouco específico. O texto se transcorre muito bem, bem estruturado. Faz comentários interessantes, mas senti falta de fontes. Ao mesmo tempo em que acho que deveria ser mais aprofundado, acho que não daria. É o problema de se tratar algo pouco específico, como falei.
Bem, em resumo: gostei muito da forma com escreveu, mas não muito do tema.
Acho ótimo experimentarmos! É o melhor teste que teremos! =D