Sebastião Salgado (1944 - ) pode ser definido como um fotógrafo que sabe dosar a arte com as causas sociais. Nascido em Aimorés, Minas Gerais, formou-se em Economia pela Universidade de São Paulo. Começou a carreira de fotógrafo no início dos anos 70.
Em 1986, lançou o primeiro livro, “Outras Américas”, sobre as condições de vida dos pobres da América Latina. Suas obras mais conhecidas são: “Trabalhadores” (1996), um registro do trabalho manual em vários países; “Terra” (1997) com imagens que denunciam a luta pela posse da terra no Brasil e “Êxodo” (2000), um retrato do sofrimento de refugiados ao redor do mundo.
É esse engajamento social que move sua fotografia. Tem preferência pelo preto & branco, porque segundo ele, pode “concentrar a emoção e permitir que a imagem seja interpretada pelo que é.” Sabe mexer perfeitamente com a contraluz, técnica muito difícil da fotografia. Por causa dessa sua rara sensibilidade ganhou muitos dos principais prêmios internacionais da fotografia. Suas imagens mostram a realidade tal como ela é. Nunca precisou pedir ao fotografado um gesto, uma pose. Seu trabalho é feito captando algo naturalmente, sendo essa uma das suas grandes características.
Segundo ele, sua ideologia social se formou quando militou no movimento comunista nos anos 60, levando esse engajamento para o mundo da fotografia.
Em 1997, quando publicou o livro “Terra”, um verdadeiro manifesto em apoio aos trabalhadores sem-terra no Brasil, afirmou: “Os acampamentos de sem-terra à beira das estradas às vezes podem ser mais cruéis que os acampamentos de refugiados sob a proteção das Nações Unidas”. O livro tem prefácio de José Saramago e um CD com músicas inéditas de Chico Buarque.
Atualmente, Sebastião Salgado mora em Paris, com sua mulher e seus dois filhos. Tem ajudado muitas organizações humanitárias como a ONG Médicos sem Fronteiras e a Anistia Internacional, doando direito de reprodução das suas fotografias para ilustrar campanhas sobre causas sociais. Ele foi nomeado representante especial do UNICEF em 2001.
As fotos são impactantes. Levam as pessoas a reflexão, a identificação com o sofrimento do outro, mas não apela para emoções baratas e sim para uma tomada de posição diante das injustiças sociais.
____________________________________________________________________
Aqui estão algumas fotos que eu considero as melhores:
----- Refugees in the Korem camp, foto da Etiópia (1984).
Escritor por João Marcos (tomate),
sábado, 7 de julho de 2007.
Deixe aqui a sua opnião.
sábado, 07 julho, 2007
Adorei, Tomate! Eu sempre vejo o livro 'Trabalhadores' na vitrine da siciliano, e, um dia dei uma olhada, realmente é fantástico! Parabéns pelo tema, esse cara tem de ser divulgado, a sensibilidade que ele carrega para denunciar as mazelas do mundo é bárbara.
Um beijão.
sábado, 07 julho, 2007
Muito bom seu texto, Tomato! Nada como falar de fotografia citando o grande Sebastião Salgado #)
Amo as fotos dele. Só me lembro do nosso trabalho no curso de fotografia.
domingo, 08 julho, 2007
Muito bom tomate!!
é legal ver q têm pessoas como o Sebastião Salgado que se preoucupam com a sociedade e não apenas com o seu mundinho..
excelentes as fotos que você escolheu como as melhores! refletem tudo que você escreveu no texto!
terça-feira, 10 julho, 2007
As fostos dele me trouxeram um sentimento sombrio...
sexta-feira, 13 julho, 2007
Grande Tomato
Reforço aqui minha preferencia pelas fotos P&B; Acho que centraliza mais o conteúdo.
Nao conhecia o Tião ai nao...
sábado, 04 agosto, 2007
Por favor divilgue meu espetáculo
se quizer foto é só pedir (drika.cta@hotmail.com)
Imperdível !!!
A Companhia Teatral Acontece abre temporada com o espetáculo:
“Onde Canta a Jandaia“
Teatro Sesc Emiliano Queiroz
(Av. Duque de Caxias, 1701. Centro)
Aos sábados e Domingos de Agosto, as 17hs.
Dias 11 e 12, 18 e 19, 25 e 26.
R$ 10,00 (Inteira) R$ 5,00 (Meia)
Informações: 32354063 / 88425815 (Quitanda das Artes)